Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Daniel Magalhães |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=51461
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Resumo: |
Os polissacarídeos sulfatados (PLS) constituem uma classe de carboidratos ricos em poliânions, e que apresentam uma diversidade de atividades biológicas relevantes. As atividades mais estudadas são a antitrombótica e a anticoagulante, tendo sido também demonstrada as atividades antiinflamatória tanto in vitro quanto in vivo. Entretanto, a maioria das atividades destas moléculas demonstradas na literatura se refere aos PLS obtidos de algas pardas, sendo estas atividades pouco exploradas nos PLS obtidos de outros grupos de algas. Além disso, os estudos exploram pouco a atividade destas moléculas in vivo e suas propriedades pró-inflamatórias. Sendo assim o presente estudo investigou in vivo as atividades antiinflamatória e pró-inflamatória dos PLS extraído das algas vermelhas Botryocladia occidentalis, Solieria filiformes e Champia feldmannii, estudando com maiores detalhes a atividade pró-inflamatória desta última, além de suas propriedades antinociceptivas. Foram utilizados ratos Wistar machos e fêmeas (150-250g) nos estudos de inflamação e camundongos Swiss albinos (20-35g) nos estudos de nocicepção. Na investigação da atividade antiinflamatória destas moléculas, os animais foram injetados com os PLS por via endovenosa na dose de 0,9 mg/Kg antes de receberem os estímulos inflamatórios carragenina, dextrana ou zimosan. Os polissacarídeos de B. occidentalis e S. filiformes, testados no edema da carragenina e dextrana, não foram capazes de inibir a formação do edema destes, enquanto que os de C. feldmannii além de não inibir estes edemas não inibiu também aquele elicitado por zimosan. Na investigação da atividade pró-inflamatória, os PLS foram injetados por via subcutânea intraplantar. Todos os PLS testados induziram edema de pata, sendo o edema de C. feldmannii o mais pronunciado de todos. Durante as investigações das propriedades pró-inflamatórias dos polissacarídeos sulfatados de C. feldmannii não houve uma correspondência nos estudos de dose-resposta sendo o edema destas moléculas persistente por 24 horas após sua aplicação. Ainda nos estudos que atestam suas propriedades pró-inflamatórios, estes PLS também induziram a migração de neutrófilos para a cavidade peritoneal de ratos elevando também a permeabilidade vascular nos tecidos das patas desses animais. Nas tentativas de modulação farmacológica desta atividade os animais receberam os PLS (0,9 mg/Kg, s.c.) ½ ou 1 hora após a injeção dexametasona - glicocorticóide (1mg/Kg, s.c.), indometacina - inibidor de prostaglandinas (5mg/Kg, s.c), L-NAME - inibidor da síntese de óxido nítrico (25mg/Kg; e.v), meclizina - anti-histamínico (40 mg/Kg, s.c) e pentoxifilina - inibidor de TNF e IL1 (90mg/Kg, s.c.). Todos os mediadores inibiram o edema causado pelos PLS de C. feldmanni, exceto o L-NAME, excluindo a participação de óxido nítrico nos eventos inflamatórios desse edema. A atividade antinociceptiva dos PLS de C. feldmannii foram investigadas através do teste de contorções abdominais conduzidas por ácido acético. Essa substância foi administrada nas doses (0,2; 1; 5 e 25 mg/Kg, s.c.) 30 minutos antes da injeção de ácido acético 0,6%. A dose de 1 mg/kg foi a que apresentou a melhor inibição. Em suma, os PLS testados demonstram não possuir atividade antiinflamatória, enquanto que os PLS de C. feldmannii apresentaram significativa atividade pró-inflamatória somada a sua potente atividade antinociceptiva. Palavras-chaves: polisacarídeos sulfatados; inflamação aguda; nocicepção. |