Resumo: |
<div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">RESUMO</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Neste estudo, investigamos o desempenho em compreensão leitora de estudantes com Síndrome de Asperger (SA) após aplicação de uma proposta de ensino. Nossa pesquisa tem como base a abordagem conciliadora de leitura, que propõe que a compreensão leitora é construída pelo leitor, com base na decifração do código escrito somado ao seu conhecimento de mundo e considerando diversos contextos (linguístico, temporal, espacial, social, cultural, de escrita, de leitura etc). Assim, adotamos o modelo de leitura proposto por Kintsch e Van Dijk (1983), que tem por base a Teoria dos esquemas (RUMELHART, 1980) e que entende a compreensão de leitura como um processo dinâmico, online e estratégico. Além disso, nos baseamos na ideia de Solé (1998) para abordar as estratégias básicas de leitura e em Marcuschi (1989), para tratar acerca dos conceitos e tipos de inferência. Para tal, realizamos uma pesquisa descritiva/explicativa, de natureza aplicada e procedimento experimental, cuja amostra foi composta por 6 (seis) estudantes diagnosticados com SA com idades a partir de 11 anos e que já concluíram o Ensino Fundamental I. Além disso, todos os participantes fazem parte do corpo discente de uma instituição de Fortaleza, especializada em tratamentos e intervenções clínicas e pedagógicas de pessoas autistas. Tais participantes foram divididos em 2 grupos, um grupo experimental, que foi submetido à intervenção com uma proposta de ensino baseada no uso das estratégias básicas de leitura, e um grupo controle, que vivenciou outro tipo de atividade, com o uso de livros de imagens. Desse modo, utilizamos quatro instrumentos, sendo os dois primeiros, Questionário e Teste de Descodificação, relacionados à definição da amostra, e o terceiro e o quarto, Teste de Compreensão Leitora Geral e Teste de Compreensão Leitora Inferencial, utilizados na fase de coleta de dados. Após a primeira coleta de dados e as análises referentes a esta, cada informante foi submetido ao Teste de Compreensão Leitora Inferencial duas vezes (antes e depois das intervenções), de modo controlado, em ambiente silencioso, tendo seus dados atualizados em gabaritos e posteriormente tabulados e analisados. Os resultados de nossa pesquisa apontam: 1) estudantes com SA apresentam maiores dificuldades na compreensão inferencial do que na compreensão literal, sobretudo no que diz respeito à realização de deduções e inferências e ao desvendar de mensagens textuais implícitas; 2) as quatro estratégias básicas de leitura, combinadas em tarefas direcionadas, sistemáticas e contínuas, podem contribuir efetivamente para a</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">9</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">minoração das dificuldades leitoras de estudantes com SA; 3) atividades de ensino que sugiram um caminho a ser seguido durante a leitura, servindo como uma espécie de guia de leitura e estimulando o aluno a refletir acerca de seus conhecimentos, de sua compreensão e que o levem ao automonitoramento constituem um meio seguro para minorar as dificuldades de compreensão leitora de pessoas com SA.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Estratégias de leitura. Transtorno do Espectro Autista. Desempenho leitor.</span></font></div> |
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