No Entremeio dos Mundos: Tessituras da Morte da Rufina na Tradicao Oral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Santos, Cicero Joaquim dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=52901
Resumo: Nesta pesquisa procuramos estabelecer uma reflexão sobre a tradição oral da morte da Rufina, possivelmente ocorrida entre os fins do século XIX e o início do século XX. Tida como uma personagem milagrosa, a cruz erguida no espaço do martírio, tomou-se um objeto de devoção popular. Tomando a tradição oral como núcleo de investigação, priorizamos narrativas orais dos devotos da Santa Cruz, no município de Porteiras, sul do Ceará. Nesse direcionamento, estabelecemos o elo entre as percepções da referida morte e a cultura fúnebre de outrora. Conforme os devotos, ela teria padecido de grande sofrimento, recaído sobre o corpo perfurado sem pudor e a alma atormentada por não receber os ritos fúnebres, entendidos popularmente como necessários na passagem para o além. Nas (re)elaborações orais, Rufina tomou-se uma alma intercessora, que entremeia o mundo terreno e celestial. A morte fundou múltiplas temporalidades no cotidiano dos devotos, como também um espaço religioso, vivenciado através de orações e pagamento de promessas, ritos de penitência e sepultamentos infantis, práticas entendidas como mecanismos de lembranças.Palavras-chave: Morte, Tradição Oral, Devoção Popular.