Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
NETO, ANTONIO RODRIGUES XIMENES |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=85104
|
Resumo: |
<div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">O Quaternário foi marcado pela alternância de ciclos glaciais/interglaciais que modelaram os</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">tratos de sistemas sedimentares em plataformas continentais e formaram macro-feições, tais</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">como os vales incisos. A presente pesquisa tem como objetivo compreender a morfologia, as</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">superfícies-chave e o padrão de preenchimento sedimentar do Sistema Vale Inciso do Coreaú</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">(SVIC), Camocim/Ceará. Foram utilizados do banco de dados geofísicos (perfilagem sísmica</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">2-12 kHz e sonar de varredura lateral 100 kHz) do projeto PRONEX, cartas náuticas e folha</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">de bordo da DHN, compilação de dados sedimentares, imagens de veículo operado</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">remotamente e Landsat 5 e 8. O SVIC é formado por um Vale Principal (VP) (SSW-NNE) e</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">suas margens. O VP apresenta uma inflexão da isóbata de 20 metros de ~35 km em direção à</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">costa, este vale está a NNW da atual desembocadura do Coreaú e possui largura variando de 2</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">km a 20 km. O VP foi dividido em três setores de acordo com a fisiografia e presença de</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">falhas - interno: menores profundidades (-13 a -25m), largo (~20 km) e apresenta nítida</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">bifurcação; intermediário: maiores profundidades (até -40m) e confinado (~2 km); externo:</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">novo alargamento e possível bifurcação em paleointerflúvios. As formas de vale em U foram</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">os mais frequentes e espessos no SVIC. As principais orientações de vales incisos foram</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">SSW-NNE e ESE-WNW. Foram identificadas 5 superfícies-chave (S) e 5 unidades sísmicas</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">(SU). Entre o refletor mais basal (S1) e o paleointerflúvio (atual piso marinho) é verificado 40</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">m de dissecação, sendo assim, 20 metros de preenchimento sedimentar e outros 20 metros</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">sem preenchimento (vale inciso parcialmente preenchido). A S1 foi a mais antiga e associada,</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">provavelmente, ao embasamento acústico (Grupo Barreiras e/ou Formação Tibau), se trata de</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">uma discordância erosiva regional (limite de sequência). Este substrato apresentou forte</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">controle nos padrões de incisão e de preenchimento sedimentar. Foram evidenciados</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">indicadores de falha devido à presença de rupturas do relevo e escarpas íngremes retilíneas. A</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">S1 possui gênese associada à queda do nível de base além da quebra da plataforma 60-70m</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">(aumento do gradiente topográfico e do poder de incisão). Acima desta superfície e ainda no</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">período de mar baixo é associada à sismofácies SU2, como de gênese fluvial (Trato de</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Sistema de Mar Baixo). A SU3 foi à fácies sísmica de maior abrangência (lateral e vertical)</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">com arranjo de refletores plano-paralelos (onlap) a inclinados (downlap). Este sistema</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">sedimentar (estuarino ou fluvial) foi interpretado como de baixa energia (onlap) com</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">transição para sistemas mais dinâmicos migração lateral de canal (downlap) nos setores</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">subsuperficiais mais rasos. Sendo que ambos são relacionados ao afogamento da plataforma</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">continental de Camocim, devido à diminuição do gradiente e aumento do espaço de</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">acomodação. A S3 (Superfície Transgressiva) trunca esta unidade e marca o início do</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">afogamento do VP. O Trato de Sistema Transgressivo foi mais espesso nos setores</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">intermediário e externo, associados principalmente a calhas fluviais (depocentros). A SU4 e a</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">SU5 estão relacionados aos sedimentos costeiros retrabalhados e marinhos. A moderna</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">fisiografia e preenchimento sedimentar do SVIC são produto do último ciclo regressivotransgressivo</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">(Wisconsin e Holoceno), contudo, o VP, provavelmente, seja produto dos</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">sucessivos períodos de mar baixo relacionados aos ciclos glacioeustáticos de 100.000/400.000</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">anos A.P ocorridos durante o Pleistoceno. A orientação do VP, o embasamento rochoso</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">(Plataforma Parnaíba), os padrões morfológicos e o Grupo Barreiras deformado na foz do</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Coreaú demonstram a influência da herança estrutural, porém não foi evidenciada influência</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">neotectônica nos sistemas sedimentares holocênicos.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Plataforma Continental. Quaternário. Variação do Nível Relativo do Mar.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Incisão Fluvial. Estratigrafia Sísmica.</span></font></div> |