Programa intervenções educativas para prevenção de IST/HIV entre adolescentes e jovens

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Monteiro, Priscila de Vasconcelos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=84477
Resumo: <div style="">Adolescentes e jovens apresentam vulnerabilidade especial às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e ao Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Objetivou-se avaliar a efetividade de programa de intervenções educativas para prevenção de IST/HIV entre adolescentes e jovens, através de modificações no conhecimento, atitudes e práticas sexuais. Estudo de intervenção, realizado em três escolas estaduais de Fortaleza, selecionadas aleatoriamente nas três regiões administrativas estaduais. Participaram 430 escolares alocados em grupos controle e intervenção. Os dados foram coletados por questionário que contemplou características sociodemográficas, conhecimentos, atitudes e práticas sexuais. Os grupos foram comparados para avaliar efetividade do programa de intervenções, considerada satisfatória quando a diferença de acertos do grupo intervenção em relação ao controle foi maior ou igual a 15%. Os dados foram analisados através da construção de um modelo de regressão logística com uso do método stepwise-backward. A comparação entre grupos foi realizada através do critério de informação de Akaike. Também foram aplicados os testes: Mann Whitney, Qui-quadrado de Pearson, coeficiente de correlação Rhô de Spearman e o estudo da Razão de Chance. O programa de intervenções foi capaz de produzir avanços no conhecimento das formas de transmissão e prevenção da maioria das IST, com destaque para formas de transmissão das hepatites B e C, principalmente através da relação sexual sem uso do preservativo (diferença de 32,6% de acertos entre grupos, p=0,000). Além do esclarecimento de mitos como transmissão do HIV pelo beijo na boca (diferença de 26%, p=0,000), banheiros públicos (diferença de 31,8%, p=0,000) ou pratos e talheres compartilhados (diferença de 16,2%, p=0,001). Entretanto, não foi verificada relação entre conhecimento sobre IST e frequência do uso do preservativo com parceiros fixos (p=0,43) ou casuais (p=0,62). As atitudes dos participantes foram avaliadas como mais adequadas após as intervenções, pois demonstraram menor receio de relacionar-se com pessoas que vivem com HIV (p=0,00), consumir produtos ou serviços (diferença de 22,6%, p=0,00), principalmente aqueles que já conheciam alguém com HIV (p=0,03). As práticas sexuais foram pouco alteradas pelas intervenções ou não foi possível avaliar adequadamente as modificações pelo tempo decorrido entre o fim das intervenções e a avaliação. Porém, foi observado que quase metade (106; 49,7%) dos iniciados sexualmente tiveram a primeira relação sexual antes dos 15 anos de idade e usaram preservativo nessa ocasião (108; 46,8%), mas quanto maior a idade na primeira relação, maiores as chances de terem práticas sexuais seguras (p=0,00). Aqueles 9 com relação afetiva estável eram mais propensos a terem iniciado vida sexual (p=0,00), bem como terem práticas mais seguras (p=0,00). Os que tiveram parceria casual na última relação eram mais propensos a terem mais de cinco parceiros sexuais durante a vida (p=0,00). Os resultados demonstraram a efetividade das intervenções educativas para melhoria dos conhecimentos e atitudes dos participantes do grupo intervenção em relação às IST/HIV. Enfatiza-se a necessidade de ampliar a aplicação do programa a outras escolas para que mais jovens conheçam melhor as formas de transmissão e prevenção das IST/HIV, o que pode impactar no número de novas infecções nessa geração. Palavras-chave: HIV. Doenças Sexualmente Transmissíveis. Educação em saúde. Promoção da saúde. Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde. Prevenção de Doenças. Adolescentes</div>