Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Diogenes, Marcelo Bezerra |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=113012
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Resumo: |
Introdução: A membrana amniótica (MA) é a camada mais interna da placenta, composta por uma espessa membrana basal e uma matriz estromal avascular. O transplante de MA tem sido utilizado desde 1940 como enxerto ou curativo em diferentes subespecialidades cirúrgicas. Recentemente, o Conselho Federal de Medicina (CFM) tomou a decisão de reconhecer a utilização desse tipo de tecido em várias áreas da medicina. No entanto, a ampla adoção desse tecido fica comprometida devido à ausência de diretrizes uniformes estabelecidas pelo Comitê Nacional de Tecnologias em Saúde (CONITEC) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Objetivo: Desenvolver um protocolo com diretrizes uniformes para a liberação da membrana amniótica pelo Hospital Geral de Fortaleza (HGF). Materiais e Métodos: A construção do protocolo foi realizada por meio de uma revisão abrangente da literatura existente sobre a MA e sobre Bancos de Tecidos. Além disso, a realização de uma reunião presencial com especialistas facilitou a discussão e a definição de alguns aspectos práticos do protocolo em questão. Resultados: Identificamos que cerca de 90% do potencial uso da MA no HGF está relacionado a cirurgias de pterígio, sendo realizadas cerca de 7994 cirurgias desse tipo no ano de 2022 pelo SUS. Considerando o custo estimado da coleta de uma membrana em R$ 66,49 e a menor recidiva da técnica de exérese de pterígio com a MA, estimamos uma economia de R$ 2.228.190,48 por ano para o Estado. O protocolo elaborado padroniza as etapas da liberação da MA pelo banco de olhos, com foco em controle de qualidade, eficiência e segurança. Os principais aspectos do protocolo incluem: reuniões bianuais de atualização com especialistas; armazenamento separado de tecidos liberados e não liberados; quarentena de 15 dias para o tecido recém-chegado; validade de 3 meses para o tecido armazenado a 2-8°C; transporte em caixa térmica a 2-8°C por até 6 horas; reavaliação por especialista imediatamente antes da liberação para garantir a adesão da membrana ao papel filtro. Conclusões: Desenvolvemos um protocolo baseado na literatura científica que possibilita a distribuição da MA pelo banco de olhos, após parecer favorável da ANVISA. Essa estratégia reduzirá custos e beneficiará pacientes do SUS e do setor privado. |