Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Rocha, Marcos Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=117346
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Resumo: |
Muitas espécies de plantas da Caatinga são amplamente conhecidas e utilizadas na medicina popular. Estudos vêm revelando o potencial bioativo das espécies, destacando-se sua elevada capacidade antioxidante. A crescente procura por fitocosméticos fez aumentar o interesse na pesquisa de compostos ativos naturais incrementados em produtos tópicos tradicionais. A espécie Guapira laxa, conhecida como pau-piranha, foi pouco estudada no aspecto etnobotânico, porém, é usada na medicina popular, na forma de chá, para dorsalgia, dor abdominal e prurido e é também fornecido pelos produtores rurais da região Semiárida Alagoana aos animais bovinos, caprinos, ovinos e equinos, sobretudo após o parto para a remoção de restos de placenta. O objetivo desse trabalho foi desenvolver uma formulação fitocosmética com potencial antioxidante e fotoprotetor a base da planta G. laxa. Após coleta e o processamento dos materiais vegetais, estes passaram pelo controle de qualidade e produção dos extratos. Os extratos foram submetidos a triagem fitoquímica, análise por HPLC, determinação de fenóis e flavonoides totais, avaliação da atividade antioxidante pelos métodos DPPH e FRAP e determinação in vitro do fator de proteção solar. Após incorporação em formulações cosméticas foram submetidas a avaliação do fator de proteção solar (FPS) e estudo de estabilidade. As drogas vegetais das folhas (GLF) e casca do caule (GLC) estão de acordo com o controle de qualidade. Os valores observados de fenóis totais de do extrato das folhas (GLF) e do extrato da casca do caule (GLC), foram respectivamente, 422,31 e 314,73 mg EAG/g, valores superiores aos encontrados em outras espécies na literatura. Pelo teste antioxidante pelo método DPPH pôde-se observar que AAO% de GLF superou os 50% para concentrações a partir de 400 µg/mL e o FRAP 815,9 e 1830,8 μmol ET/g extrato seco para GLF e GLC, respectivamente, o que indica uma boa atividade antioxidante. Ambos os extratos etanólicos apresentaram valores de FPS superior a 6, fator mínimo de proteção solar recomendado pela ANVISA para concentrações a partir de 0,2 mg/mL. Nas diluições de 2,0 mg/mL GLF e GLC apresentaram FPS de, respectivamente, 35,19 e 27,11. O extrato das folhas foi incorporado nas bases Polawax e Natrozol. A formulação GLF-N2 apresentou FPS 13,48, valor superior ao apresentado pelo filtro químico comercial benzofenona-3 10% que foi 4,70. As formulações GLF-P2 e GLF-P5 apresentaram, respectivamente, FPS 9,01 e 14,92. As formulações apresentaram atividade antioxidante. A estabilidade das formulações está de acordo com os parâmetros preconizados pela farmacopeia. As formulações GLF-N2, GLF-P2 e GLF-P5 são consideradas fotoprotetoras e antioxidante. |