Trofismo e regeneração na musculatura esquelética de ratos submetidos a um modelo experimental de ultra-endurance

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Monteiro, Igor Cabral Coutinho do Rego
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=74371
Resumo: O exercício físico com o intuito de beneficiar a saúde é bastante recomendado. Um dos tipos de exercícios que mais podem promover esses ganhos são os de endurance, principalmente por enquadrar-se como de características metabólicas aeróbias e promover ganhos relacionados. Estes devem ser feitos de forma crônica e objetivando o treinamento desta capacidade, relacionada principalmente com o tempo de conseguir manter-se em exercício. Porém, com a prática cada vez levada mais à sério por parte de diversos praticantes de endurance, os limites vêm sendo expandidos assustadoramente. Cresce cada vez mais o número de eventos, assim como de praticantes, de exercícios de longas distâncias, sendo denominados de ultra-endurance. Nota-se que exercícios de ultra-endurance promovem elevado desgaste fisiológico em seus praticantes inclusive na musculatura esquelética, que sofre, de forma aguda, uma grande redução de sua massa como resultado de lesão, degradação e necrose de fibras. Cronicamente estes resultados podem levar a um quadro patológico de intolerância ao exercício, denominado de síndrome de miopatiado atleta. Contudo, pouco se sabe sobre que fatores estão relacionadoscom essas respostas, principalmente em se tratando de vias celulares. Para uma melhor investigação, é necessária a implantação de um modelo experimental utilizando animais, permitindo assim um melhor controle metodológico e utilização de técnicas mais invasivas relacionadas ao músculo. Diante disso, este trabalho objetivou avaliar as adaptaçõesna musculatura esquelética de ratos submetidos um modelo experimental de ultraenduranceem esteira. Para isso foram utilizados 30 ratosWistar machos, com 5 meses de vida, dividido em grupo Controle (n=12), grupo Agudo (n=6) e grupo Crônico (n=12). Os animais foram submetidos a um protocolo de ultraendurance experimental durante seis semanas de exercício. Foianalisado o peso corporal, peso de órgãos, peso de gorduras, assim como o peso dos músculos sóleo e gastrocnêmio, que foi dividido em porções vermelha e branca. Analisou-se a adaptação do metabolismo energético através da atividade da enzima citrato sintase, o dano muscular com a atividade da creatina kinase no sangue e identificação histológica, e a avaliação do trofismo de fibras por parâmetros morfométricos. Para o entendimento das vias moleculares, verificou-se a expressão gênica. Os resultados mostraram que o modelo experimental de ultra-endurance foi capaz de reduzir, tanto de forma aguda, quanto crônica, os pesos corporais e alterar suas composições. Além disso, os músculos investigados mostraram uma tendência de redução, tanto no peso, quanto no diâmetro de fibras, indicando atrofia muscular e um grande número de fibras lesionadas, principalmente no sóleo. As vias moleculares mostram uma diminuição da síntese de proteínas, indicado pela Miostatina, um aumento da degradação, indicado pela Atrogina Uma elevada ativação de regeneração (Myo-D) e diminuição do processo de diferenciação(Miogenina). Como resultado desses fatores, houve uma diminuição da expressão do gene das cadeias pesadas de Miosina (MHCs). Desta forma podemos concluir que exercícios de ultra-endurance provocam uma forte resposta na musculatura esquelética, e quando feitos de forma crônica ou sem um descanso suficiente podem resultar em adaptações negativas ao músculo. Palavras-Chave: Modelo experimental; ultra-endurance; musculo esquelético.