PROJEÇÕES DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS SOBRE O NORDESTE BRASILEIRO DOS MODELOS DO CMIP5 E DO CORDEX

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: GUIMARÃES, SULLYANDRO OLIVEIRA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=84207
Resumo: <div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">RESUMO</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Face aos impactos regionais das mudanças climáticas globais, neste trabalho são abordadas as análises de desempenho e as projeções de simulações climáticas de Modelos Globais do Projeto de Intercomparação de Modelos Acoplados - Fase 5 (CMIP5), e de Modelos Climáticos Regionais do CORDEX (Experimento Coordenado de Downscaling Climático Regional) para o Nordeste do Brasil (NEB). Para este estudo, o clima do NEB foi caracterizado com base nas seguintes variáveis: temperatura do ar próximo à superfície (TAS), a precipitação (PR), a evapotranspiração potencial (ETo) – seguindo a metodologia de Penman-Monteith padronizada pela FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations), e o Índice de Aridez (IA). As simulações das condições recentes (1985-2005) do clima recente (como no chamado experimento "Histórico" do CMIP5) geralmente apresentaram resultados consistentes com as observações (base de dados da Climate Research Unit – CRU). TAS é a variável para a qual os modelos tiveram melhor desempenho. PR apresentou mais dificuldade em ser quantificada, principalmente nas estações chuvosas sobre o NEB, mas com muitas simulações bem correlacionadas com os dados da CRU. Em relação a ETo, os modelos mostram mais destreza em estimar as médias da região, com representação das séries mensais e sazonais mais precisas que PR e TAS para a maioria das simulações. Quanto a IA, verifica-se que este segue muitas das características de PR, com erros e correlações semelhantes entre simulações "Históricas" e observações. Em geral, a média do conjunto das simulações (M) produz uma boa representação do clima recente do NEB. As projeções de M para os cenários de emissões futuras de gases de efeito estufa, RCP4.5 e RCP8.5, são de aumento generalizado da temperatura, com anomalias de temperatura sobre NEB e, 2079-2099 entre 2,1°C (RCP4.5) e 4°C (RCP8.5) em relação ao período de referência (1985-2005). Em virtude desse aquecimento, as taxas de ETo devem aumentar no decorrer do século XXI, com a média de longo prazo (2079-2099) 15% maior no cenário de maiores emissões (RCP8.5). No que diz respeito à precipitação, a projeção é mais inconclusiva devido ao espalhamento entre o conjunto das simulações futuras, mas a maioria dos modelos indica uma diminuição na média de longo prazo, com M indicando uma anomalia de precipitação de -1,6% (-0,8%) no RCP8.5 (RCP4.5). Como consequência, o IA projetado é menor em comparação com o período de referência na maior parte das simulações, sugerindo uma tendência de aumento de aridez sobre o NEB durante este século. Além disso, M apresenta um aumento na área do semiárido de +6% e uma quadruplicação das áreas áridas no RCP8.5 para 2079-2099, comparado ao período de referência.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Projeções de Mudanças Climáticas. CMIP5/CORDEX. Nordeste Brasileiro.</span></font></div>