Carotenóides do camarão Litopenaeus vannamei e da microalga Nannochloropsis oculata: processos de obtenção e aspectos eco-econômicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Santos, Suzan Diniz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=88506
Resumo: A região Nordeste do Brasil, devido as suas excelentes condições climáticas e<br/>ambientais possui uma diversidade de organismos aquáticos cultiváveis entre eles camarão<br/>e microalgas. A possibilidade de uso destes organismos e dos resíduos gerados do seu<br/>processamento pode contribuir na redução de impactos ambientais, como também, ser<br/>uma alternativa importante na elaboração produtos composto por moléculas bioativas de<br/>alto valor nutricional, entre elas, os carotenóides, e em particular, a astaxantina. O presente<br/>trabalho dedicou-se à extração, identificação e quantificação de pigmento rico em<br/>astaxantina do resíduo do camarão Litopenaeus vannamei e do resíduo liberado no meio<br/>de cultura da microalga Nannochloropsis oculata. Foi desenvolvido um modelo na<br/>dimensão da ecocontabilidade que possibilita a avaliação da sustentabilidade dos<br/>processos biotecnológicos do processo de extração do pigmento do resíduo de camarão.<br/>Para avaliar a potencial aplicação do pigmento obtido do resíduo de camarão foi testado o<br/>efeito antioxidante de seu extrato etanólico in vitro em cultura de macrófagos alveolares.<br/>Em relação à obtenção de pigmentos liberados no meio de cultura da N. oculata foi<br/>depositada uma patente de invenção do processo. O extrato bruto de camarão demonstrou<br/>que não houve diferença em termos de quantidade de carotenóides recuperado por<br/>extração com etanol a partir do processo de hidrólise com Alcalase em relação ao<br/>processo de autólise. Atividade proteolítica do extrato bruto de camarão foi cerca de duas<br/>vezes maior do que o processo com Alcalase. O simples processo de extração com etanol<br/>de 1 kg de resíduos de camarão (cabeças) foi capaz de obter aproximadamente 50 g de<br/>material contendo 100 mg astaxantina. Foi desenvolvido um modelo para processos<br/>biotecnológicos com a finalidade de calcular a viabilidade econômica e sustentabilidade<br/>de um ecoproduto. O período de payback otimizado foi apresentado no trabalho como<br/>parte do modelo ecocontábil para cálculo das atividades dos eventos contábeis de uma<br/>cadeia de produção. O período de retorno para processo de obtenção do extrato etanólico<br/>de camarão foi de 13 meses, dependendo do consumo e da venda do produto final. O<br/>extrato etanólico do resíduo de camarão (43.5 &#956;g/ml) avaliado pelo método de ensaio do<br/>[brometo de (3-(4,5-dimetiltiazol-2-yl)-2,5-difenil tetrazólio)] (MTT) aumentou sua<br/>viabilidade em 168 % e eliminou a produção de superóxido (0 nmol (O2)/106/2/cells) em<br/>macrófagos alveolares, induzidos por acetato miristato de forbol (PMA). A patente de<br/>invenção referente ao resíduo liberado no meio de cultura da microalga N. oculata,<br/>primeiramente induz, por meio da manipulação das condições de cultivo, a produção<br/>aumentada de pigmentos entre eles carotenóides e em um segundo momento do processo,<br/>através de simples técnicas de centrifugação há a separação de uma biomassa rica em<br/>polissacarídeos, células viáveis, e do bioproduto, pigmento contendo carotenóides, que<br/>poderá ter diversas aplicações. Destes resultados, o modelo demonstra a sustentabilidade<br/>de um produto referente à contabilidade ambiental, para então, defini-lo como um<br/>ecoproduto, isto sugere que o modelo poderá servir como uma técnica prática quando<br/>combinada com outras informações para o planejamento de processos biotecnológicos,<br/>que o extrato etanólico de camarão pode ser considerado uma fonte de substâncias<br/>bioativas com capacidade de interferir na produção superóxido e por fim, em um processo<br/>envolvendo pigmentos carotenóides de microalgas patenteado no Brasil.<br/>Palavras chave: Resíduo de camarão, Microalga, Extração com etanol,<br/>ecocontabilidade, carotenóides, antioxidante.