BIOLOGIA REPRODUTIVA E PRODUÇÃO EM CATIVEIRO DO PEPINO DO MAR Holothuria grisea (HOLOTHUROIDEA – ECHINODERMATA) EM LATITUDE EQUATORIAL, CEARÁ-BRASIL

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: CASTRO, LILIANE VERAS LEITE
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=84552
Resumo: <div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">RESUMO</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Pepinos do mar (Echinodermata: Holothuroidea) são invertebrados marinhos largamente consumidos no mercado asiático, além de ter um alto potencial biotecnológico devido à presença de moléculas bioativas de interesse farmacêutico. Ecologicamente, os pepinos do mar desempenham papéis importantes para o equilíbrio do ecossistema marinho. No presente estudo a biologia reprodutiva do pepino do mar Holothuria grisea foi profundamente estudada ao longo de 13 meses, na costa Nordeste do Brasil, para investigar o papel de fatores ambientais e agregadores no ciclo reprodutivo. Também foi desenvolvido um protocolo para desova dessa espécie em cativeiro, bem como cultivo de larvas e produção de juvenis. Os índices de maturidade gametogênica atingiram o pico em dezembro-fevereiro. Os menores valores ocorreram em junho-julho, em ambos os sexos, com a maior frequência de indivíduos na fase de pós-desova. O período de desova ocorreu durante a estação chuvosa, quando as concentrações de clorofila-a foram máximas, e a maior frequência de indivíduos solitários foi identificada. Os dados são consistentes com o comportamento agregador pré-desova como uma estratégia para ajudar a sincronizar a gametogênese, e a abundância de fitoplânctons como um gatilho de liberação de gametas para otimizar a alimentação larval. Em escala mais fina, a desova ocorreu quando os níveis elevados de água coincidiram com o pôr do sol ou com a noite, proporcionando condições favoráveis para a desova e fertilização externa. Em cativeiro, a desova foi induzida com sucesso por meio do método choque térmico, gerando liberação de gametas viáveis para a fertilização. O desenvolvimento embrionário em cativeiro mostrou-se viável produzindo larvas auriculárias em aproximadamente dez dias, passando pelas fases de pentáctula, doliolária e chegando à fase juvenil em torno de 29 dias. Juvenis produzidos em cativeiro mostraram-se mais ativos durante a noite e buscaram áreas sombreadas durante o dia. Esse trabalho comprovou a influência de fatores ambientais e sociais sobre a reprodução de H. grisea na natureza, evidenciando sua vulnerabilidade a pressões antropogênicas (por exemplo, pesca, poluição, perda de habitat) ao longo da costa do Brasil, podendo subsidiar o desenvolvimento de gestão de pesca. Além disso, o primeiro relato de sucesso de desova, incubação e produção de juvenis de H. grisea em cativeiro torna a aquicultura dessa espécie viável, a fim de abastecer o mercado em ascensão (consumo e biotecnológico) e subsidiar programas de repovoamento e conservação.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Reprodução. Controle ambiental. Controle social. Aquicultura. Equinodermos.</span></font></div>