PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES: PERCEPÇÕES DE PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: CAVALCANTE, JOÃO CARLOS BARBOSA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=97527
Resumo: O objetivo do presente estudo foi analisar as percepções dos profissionais da Atenção <br/>Primária de Saúde (APS) em relação às Práticas Integrativas e Complementares (PIC). <br/>Realizou-se um estudo descritivo com profissionais da saúde de nível superior da APS do <br/>município de Caucaia. Para a coleta dos dados foi utilizado um questionário composto por <br/>questões abertas e fechadas. Os dados foram processados por meio do Programa SPSS versão <br/>20. Foi realizada análise descritiva dos dados, análise de qui quadrado e análise lexical das <br/>questões abertas. Dos 174 profissionais de saúde participantes do estudo, verificou-se que a <br/>maioria era do sexo feminino (n=130, 74,7%) na faixa etária de 31 a 40 anos (n=91, 52,3%). <br/>Em relação à categoria profissional, as mais prevalentes foram enfermeiros (n=74, 42,5%), <br/>médicos (n=53, 30,5%) e dentistas (n=25, 14,4%). Quando questionados quanto ao <br/>conhecimento sobre as PIC, 164 (94,3%) participantes da pesquisa declararam positivamente. <br/>Sendo a acupuntura a mais conhecida pelos profissionais (n=161, 92,5%). A maioria dos <br/>profissionais considera as PIC eficientes (n= 160, 92,0%), que as concepções que possuem <br/>sobre as PIC estão relacionadas ao ensino de graduação (n=92, 52,9%), 163 (93,7%) <br/>consideraram que estas práticas devem ser inseridas nos cursos de graduação e 162 (93,1%) <br/>na pós-graduação. A maioria dos profissionais teve experiência com as PIC através de leitura <br/>e/ou reportagem sobre o assunto (n=103, 59,2%), 18,4% (n=32) afirmaram já utilizar as PIC <br/>na assistência aos pacientes, e a mais utilizada é plantas medicinais / fitoterapia (n=15, 8,6%). <br/>Somente 25 (14,4%) afirmaram ter participado de capacitação e/ou especialização em PIC, <br/>todavia 94,8% (n=165) consideram que as PIC podem contribuir para sua vida profissional. &nbsp;<br/>Além disso, 161 (92,5%) apontaram também que as PIC são importantes para a atenção em <br/>saúde no Sistema Único de Saúde (SUS) e esse mesmo percentual considera necessária a <br/>inserção das PIC na unidade de saúde que atua, bem como 144 (82,8%) afirmaram que há <br/>interesse dos usuários por essas práticas. Vale destacar que 27 (15,6%) dos profissionais <br/>também afirmaram já existir essas práticas em pelo menos uma Unidade Básica de Saúde <br/>(UBS), sendo a mais frequente a auriculoterapia (n=19, 70,4%). Sobre a Política Nacional das <br/>PIC, somente 41 (23,8%) dos participantes declararam conhecer. Afirmar sim, quando <br/>questionados se consideram as PIC importantes para a atenção à saúde no SUS, demonstrou <br/>correlação com o tempo de serviço (p=0,0001) e entre aqueles que afirmaram que as PIC <br/>podem contribuir para sua vida profissional (p=0,000). Assim como utilizá-las na assistência <br/>aos pacientes foi associado à experiência na pós-graduação, ter se submetido às PIC ou o <br/>familiar e ter participado de capacitação sobre PIC. Na análise lexical sobre a importância das <br/><br/><br/>PIC para atenção à saúde foram identificadas quatro classes: tratamento, opção terapêutica, <br/>acesso e melhor vínculo. O presente trabalho, constatou um ambiente favorável entre gestores <br/>das UBS e profissionais da assistência para a inclusão das PIC na APS municipal. Foram <br/>identificadas necessidades de intervenções educativas, tanto para conhecimento e utilização <br/>efetiva dessas práticas, bem como das lacunas de conhecimento sobre a Política Nacional de <br/>Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC). &nbsp;<br/><br/>&nbsp;<br/><br/>Palavras-chave: Terapias Complementares. Pessoal de Saúde. Atenção Primária à Saúde. <br/>