Alterações metabólicas pós-transplante renal segundo o esquema imunossupressor em uma unidade de transplante

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Ribeiro, Rosangela de Alencar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=96184
Resumo: <div style="text-align: justify;">Introdução: O ganho de peso, o desenvolvimento da obesidadeeoutrascomplicações metabólicas como dislipidemia, diabetes mellitus e hipertensãoarterial sistêmica são frequentes após o transplante (TX) renal, temimpactonamorbimortalidade dos pacientes e podem estar associadas aoesquemaimunossupressor. Objetivo: avaliar o ganho de peso e a prevalênciadecomplicações metabólicas pós-TX renal em receptores de umhospital terciáriodoBrasil, de acordo com o esquema imunossupressor. Métodos: Estudodecoorteretrospectivo, incluindo pacientes que realizaram TX no período de janeirode2011adezembro de 2014, com idade superior a 18 anos, com no mínimo 12mesesdeseguimento. Os pacientes foram divididos em quatro grupos segundooprotocoloimunossupressor (grupo 1: tacrolimo, everolimo; grupo 2: tacrolimo, everolimo,prednisona; grupo 3: tacrolimo, micofenolato; grupo 4: tacrolimo, micofenolato,prednisona). As diferenças entre os grupos foram pesquisadas, comênfasenoganho de peso e complicações metabólicas. Resultados: Foramavaliados401pacientes, idade média de 44,2 anos, 61,6% do sexo masculino, 90,3%comdoadorfalecido. O esquema imunossupressor incluiu tacrolimo em100%doscasos,everolimo em 39,2%, micofenolato em 60,8% e prednisona em36,2%. Oganhodepeso pós-transplante foi de 1,25 Kg (1,88%) aos 12 meses; 3,08 kg (4,69%) aos24meses e 4,04 kg (6,26%) aos 36 meses. A avaliação do estado nutricional aos36meses pós-transplante identificou 2,4% dos pacientes comdesnutrição, 45,2%comeutrofia, 38,4% com sobrepeso e 14,0% com obesidade. Emrelação aopercentual de ganho de peso (delta peso) ao longo do seguimento, verificou-se quemaisde50% dos pacientes evoluíram com perda de peso nos primeiros 3mesespóstransplante e que após 36 meses, 22,9% apresentavam perda de pesoemrelaçãoao pré-transplante, 19,5% com peso estável, 23,2% com ganho de pesoentre5-10%,20,8% entre 10-20% e 13,4% com mais de 20%. Houve uma diferençasignificativano delta peso segundo o esquema imunossupressor, comumdeltapesosignificativamente maior no grupo 4 (sem everolimo, comprednisona) comparadoaos grupos 1 e 2 (com everolimo) aos 24 meses e no grupo 4 comparadoaogrupo1 aos 36 meses. A prevalência de diabetes mellitus pós-transplante foi de23%,hipertensão arterial sistêmica 77,3% e dislipidemia 86,3%, sendoconstatadodiferença significativa segundo o esquema imunossupressor somenteparadislipidemia, com prevalência maior nos grupos 1 e 2. A prevalência desíndromemetabólica foi relativamente baixa e estável ao longo do seguimento (19,1%, 18,5%e 22,2 % aos 12, 24 e 36 meses respectivamente), mas não houvediferençasignificativa segundo o esquema imunossupressor. Conclusão: Opercentual deganho de peso aos 24 e 36 meses pós-transplante foi significativamentemenor como uso de everolimo, embora a prevalência de dislipidemia tenha sido maior nestespacientes. Não foi demonstrada diferença na taxa das demais complicaçõesmetabólicas, segundo o esquema imunossupressor. Palavras-chave: Imunossupressores. Avaliação nutricional. Síndrome metabólica.</div>