Elas por elas – o organizar de práticas de um empreendedorismo de resistência no cotidiano de uma rede de mulheres

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Ribeiro, Rosa Cristina Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=97014
Resumo: <div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Esta tese articula as abordagens das práticas cotidianas certeaunianas, da epistemologia da resistência, da solidariedade feminista, do feminismo decolonial e dos estudos de empreendedorismo, com o objetivo de compreender o organizar de um empreendedorismo feminino de resistência enquanto prática, sob a ótica feminista decolonial e seus desdobramentos no contexto de empreendedoras reunidas em uma rede solidária de mulheres. A Rede de Mulheres Empreendedoras Sustentável – REMES, localizada em Fortaleza e em várias outras cidades do estado do Ceará e do Brasil, fornece o campo que é escrutinado para a construção desta tese. Suas práticas empreendedoras têm como base o reúso de materiais descartados por indústrias de diversos ramos. Para alcançar o objetivo delineado, foi escolhida a pesquisa etnográfica digital de natureza mista, envolvendo técnicas como a observação participante, o shadowing, entrevistas em profundidade, vídeos, fotos e o exame de um ano de conversas em um grupo de WhatsApp. O contexto da REMES é apresentado no início da análise e expõe a origem histórica do espaço no qual a rede foi constituída e as malhas de práticas de opressões, com diversas origens e matizes, que atuam no cotidiano dessas mulheres. Os achados do campo evidenciam um empreendedorismo de resistência constituído por malha de práticas que envolve a métis empreendedora, as heroínas da resistência, a reunião em redes solidárias, a capacidade de sonhar, as batalhas cotidianas, a mobilidade e a habilidade de fazer tudo. Nos seus desdobramentos e conforme a ótica do feminismo decolonial, as malhas de práticas de resistência envolvem o resgate do ser, do saber e a retomada do poder a partir das práticas empreendedoras de resistência. As considerações finais dão conta dos resultados alcançados a partir da problemática proposta e apresentam sugestões para futuras pesquisas feministas e as limitações do estudo. Palavras-chave: Cotidiano. Decolonialidade. Empreendedorismo. Feminismo. Práticas. Resistência.</span></div>