Exportação concluída — 

O ‘‘caminho mais curto’’: um estudo sobre a fundamentação epistemológica da ética contida nos Livros II-IV da República de Platão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Caroba, Francisco Gabriel Marques De Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=115721
Resumo: Nossa pesquisa visa explicitar sobre a fundamentação epistemológica da Ética nos Livros II à IV sob o uso do que denominamos de ‘‘caminho mais curto’’ na República de Platão. Em suma, teremos de demonstrar o porque que o filósofo utilizou esse método menos adequado e mesmo consciente disso o aplicou para tratar sobre a conclusão acerca da definição das virtudes cardinais, que por sua vez é a conclusão do argumento do Paralelo Cidade-Alma, Para resolvermos esse problema, nossa hipótese interpretativa é que o Argumento da Linha Dividida nos oferece um esboço da estrutura do diálogo, nos explicando sobre como se dá a continuidade entre o ‘‘caminho mais curto’’ e ‘‘caminho mais longo’’: o primeiro está situada na secção da Linha da διάνοια tendo como operação própria o método hipotético e o segundo é relativa a secção da νόησις com sua operação própria que é a Dialética. Nesse caso, será provado que o ‘‘caminho mai curto’’ como um método hipotético é a causa de Sócrates afirmar que não é o método mais adequado para tratar sobre as virtudes cardinais mas que, ao mesmo tempo, serve ao propósito de definir as virtudes. Já o ‘‘caminho mais longo’’ com seu método constitutivo que é a Dialética nos habilita a fundamentar a conclusão de caráter hipotético sobre a definição das virtudes cardinais por meio de seu ponto de partida que é a Forma Inteligível do Bem que, por um trâmite puramente inteligível, podemos confirmar aquela hipótese e validá-la como precisa, mostrando-nos qual é o valor da virtude: agir conforme a razão, pois é através da razão ou da inteligência pura que apreendemos o Bem a partir do qual podemos asseverar se as virtudes e nossos atos virtuosos podem ser-lhes conferidas seu valor moral, fechando assim o ciclo argumentativo do diálogo.