Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Araujo, Paulo Ricardo Monteiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=117310
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Resumo: |
As espécies do complexo Cryptococcus neoformans/Cryptococcus gattii são leveduras encapsuladas de distribuição cosmopolita causadoras da criptococose em animais e humanos, principalmente nos pacientes imunocomprometidos, com taxas consideráveis de morbidade e mortalidade. Dentre as promissoras alternativas terapêuticas pesquisadas, compostos fenólicos denominados de antraquinonas têm se mostrado favoráveis em estudos anteriores. A emodina faz parte desse grupo, que são produzidos por plantas dos gêneros Rheum e Aloe. Em vista da necessidade de busca por novas opções medicamentosas, a utilização da emodina como antifúngico em espécies do complexo Cryptococcus neoformans/Cryptococcus gattii se torna uma opção relevante como alternativa terapêutica. Para isso, foi avaliada a ação da emodina contra formas planctônicas de C. neoformans e C. gattii in vitro, determinando a concentração inibitória mínima (CIM) em 11 cepas ao total. A sensibilidade planctônica foi realizada pelo ensaio de microdiluição em caldo padronizado pelo Clinical Laboratory Standarts Institute (CLSI), documento M27-A4. A sensibilidade de biofilmes maduros foi quantificado quanto à biomassa através do método de coloração com cristal violeta e a atividade metabólica através do ensaio de redução do MTT [3-(4,5-dimetiltiazol-2il)-2,5-difenil tetrazólio], sendo testadas as concentrações variando de 128-1.024 µg/mL de emodina e utilizado controles negativos de crescimento sem drogas. Os ensaios de docking molecular foram realizados no software AutoDock Vina, para a obtenção da interação da emodina com a enzima superóxido dismutase (SOD). O ensaio para a SOD foi conduzido pelo método de redução do nitro azul tetrazólio (NBT) e a unidade de atividade (UA) da SOD foi definida pela redução de NBT/min. Desse modo, a emodina apresentou atividade inibitória em células planctônicas com a CIM variando de 256-512 µg/mL. Nos biofilmes foi observado redução da biomassa em 72% e da atividade metabólica em 99% na concentração 1.024 µg/mL em relação ao controle livre de drogas. Na proteômica foi observado menores valores de redução do NBT nas concentrações 256 e 1024 µg/mL. Em conclusão, a emodina apresentou efeito antifúngico em cepas do complexo Cryptococcus neoformans/Cryptococcus gattii, demonstrando o seu potencial como uma droga antifúngica, reduzindo a atividade da superóxido dismutase como um potencial mecanismo de ação. |