Corra, homem negro! Uma análise de discurso crítica da constituição discursiva de masculinidades negras e estereótipos racistas no filme Get out (2017)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Osorio, Andy Monroy
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=103114
Resumo: Esta dissertação, inscrita em um campo interdisciplinar, composto por Linguística, Estudos das Relações Étnico-raciais e Cinema, teve por objetivo investigar a constituição discursiva de masculinidades negras e estereótipos racistas no filme Get Out (2017). Para tanto, utilizamos como aparato teórico-metodológico a abordagem dialético-relacional da Análise de Discurso Crítica (CHOULIARAKI; FAIRCLOUGH, 1999; FAIRCLOUGH, 2001; 2003), combinada às pesquisas acerca das masculinidades negras (FANON, 2008; SOUZA, 2009, 2013; PINHO, 2004), estereótipos (BHABHA, 2019), estereótipos racistas (OSÓRIO, 2019; BONFIM, 2016, 2019) e aos estudos sobre mídia e cinema (KELNER, 2001; SHOHAT; STAM, 2006; BOGLE, 1994; ARAÚJO, 2000). Por meio de uma pesquisa qualitativa, a análise de discurso crítica das cenas e trechos discursivos do filme investigado permitiram concluir que os principais estereótipos racistas (modos de representar), que circulam na sociedade estadunidense e em escala global, sobre as masculinidades negras, são o resultado de uma elaboração histórica fundamentada no discurso colonial racista (modos de agir) que abraça valores ocidentais de mundo, que excluem ou não dialogam com outras políticas de identidade (modos de ser), de sexualidade, de saberes e de cultura. Concluímos também que a relação entre colonialismo e racismo antinegro está presente na produção de subjetividades racializadas e que o cinema é um gênero discursivo contemporâneo no qual essas subjetividades são expostas.