Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Sial, Vanessa Viviane de Castro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Campinas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=105224
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Resumo: |
<span style="font-size: 13.3333px;">Esta dissertação analisa, a partir do projeto de construção do Cemitério Público Bom Jesus da Redenção no Recife do século XIX, como se deram as transformações dos costumes fúnebres, mediante a imposição de normas sanitárias relacionadas às práticas funerárias tradicionais, que eram entendidas pelos médicos higienistas como um dos fatores de propagação das epidemias. Neste sentido, os cemitérios extramuros desencadearam novas práticas culturais e adaptações nas atitudes diante da morte. Os médicos higienistas, que influenciaram decisivamente na elaboração e aprovação destas normas sanitárias pelo poder público, acreditavam que os corpos cadavéricos eram possíveis focos de emanações miasmáticas, sendo agentes de grande poder de infecção do ar, causadores de toda sorte de epidemias na cidade. A proibição dos sepultamentos nas igrejas gerou múltiplos pontos de discussão e conflitos na sociedade recifense do século XIX, assim como ocorreu em várias outras cidades brasileiras: dentro do poder público, na elaboração de leis e regulamentos para as novas práticas fúnebres, como também na população, que viu suas crenças mais íntimas ameaçadas, sobretudo entre membros de irmandades religiosas e os emergentes comerciantes dos novos serviços mortuários. Ademais, o estudo das transformações dos costumes fúnebres foi fundamental para a compreensão do conflito entre a Igreja e o Estado na segunda metade do século XIX, sobretudo pela negação da Igreja em conceber o direito dos não-católicos a serem sepultados nos cemitérios públicos, interpretados como elementos decisivos no processo de secularização da morte no Brasil oitocentista.</span> |