A experiência do desemprego masculino: visão fenomenológica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Pimentel, Fernando Hugo Portela
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=23505
Resumo: Esta dissertação é uma investigação de inspiração fenomenológica sobre o modo como homens de classe média vivenciam a situação de desemprego. Diferente da maioria das pesquisas brasileiras, que se debruçam sobre aspectos estatísticos e sócio-políticos do fenômeno, a ênfase nesta investigação será a subjetividade do homem desempregado, compreendida a partir do discurso individual dos implicados a respeito de sua realidade, e ainda, considerando-se os aspectos psicossociais aí presentes. O nível socioeconômico tomado como referência, a classe média, é justificado por se acreditar que este estrato ainda demanda maiores investigações.&nbsp;<span style="font-size: 10pt;">Foram analisados cinco relatos obtidos em entrevistas semi-dirigidas, que objetivaram descrever a experiência vivida, partindo da compreensão do homem de classe média desempregado, sobre o modo de lidar com a ausência de emprego, à luz de sua subjetividade e das relações sociais. O fenômeno desemprego é contextualizado a partir de uma revisão histórica sobre o conceito de trabalho, e sua evolução no decorrer da história, abordando as principais transformações sociais, econômicas e tecnológicas, até de chegar às novas ansiedades trazidas pela globalização, onde o desemprego ocupa lugar de destaque. Os relatos demonstram os efeitos do desemprego na exigência dos implicados, expressando seus sentimentos diante das mudanças ocorridas na vida pessoal, familiar e socioeconômica, e ainda, as estratégias de enfrentamento utilizadas e as expectativas em relação ao futuro. Conclui-se que existe uma consciência social fortemente ligada a valores tão arraigados, que impedem uma ressignificação mais abrangente da experiência do desemprego, no que concerne a novas formas de subjetivação.</span>