Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Carneiro, Carla Larissa de Castro Vieira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=97137
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Resumo: |
<div>O glifosato foi considerado de baixa toxicidade para humanos e animais, porém evidencias científicas mais recentes levantaram preocupações de que o glifosato pode ser prejudicial para saúde. Diversos estudos vêm demonstrando que a exposição pré e pós-natal a diferentes tipos de agrotóxicos pode estar associada ao desenvolvimento de alterações neurológicas e neuropsiquiátricas. O objetivo do trabalho foi avaliar a presença de alterações comportamentais e neuroinflamação em filhotes de camundongos expostos ao glifosato no período gestacional. Para isto foram utilizadas proles de camundongos Swiss que foram expostas ao glifosato no período intra-uterino. O glifosato foi utilizado por via oral nas doses de 0,3 mg/kg: (GLIF0,3) e 30 mg/kg: (GLIF30). As matrizes fêmeas foram submetidas à exposição ao glifosato do primeiro ao último dia da gestação. Após o desmame os filhotes foram separados das mães e divididos entre grupos de machos e fêmeas. No 25º dia de nascimento, os filhotes foram submetidos aos testes comportamentais. Após estes testes, os filhotes foram eutanasiados para dissecação das áreas cerebrais: hipocampo, córtex pré-frontal e cerebelo e realizada as análise histopatológica e imunohistoquímica. Foram observadas duas alterações comportamentais principais, são elas, ansiedade, tanto nos machos como nas fêmeas do grupo GLIF0,3 e hiperatividade nos machos desse mesmo grupo, evidenciado pelo aumento significativo do número de cruzamentos no teste de campo aberto: GLIF0,3(89,64 ± 6,13) vs CONTROL (52,64 ± 3,74). Foi observado também um aumento da expressão de micróglia nas regiões cerebrais dos grupos GLIF0,3 e GLIF30, como por exemplo no cerebelo ocorreu aumento tanto em machos quanto em fêmeas: Machos: GLIF0,3 (67,91 ± 3,52), GLIF30 (72,08 ± 4,94) vs CONTROL (32,18 ± 6,54); Fêmeas: GLIF0,3 (37,57 ± 4,75), GLIF30 (57,08 ± 6,82) vs CONTROL (21,59 ± 3,20). Em relação à expressão de interleucina 6, encontramos um aumento no grupo GLIF30, em machos e em fêmeas na região do córtex pré-frontal: Machos: GLIF30 (37.27 ± 3.85) vs CONTROL (20.94 ± 4.74); Fêmeas: GLIF30 (40.18 ± 2.45) vs CONTROL (29.08 ± 6.27). Ao analisarmos a histopatologia, não foram encontradas alterações no cerebelo ou no córtex cerebral desses animais. Concluímos que houve aumento na ansiedade e hiperatividade nos filhotes de animais expostos ao glifosato durante o período gestacional, com evidência de uma presença de neuroinflamação.</div><div><br/></div><div>Palavras-chave: Herbicida. Glifosato. Sistema Nervoso Central. Neuroinflamação.<br/></div> |