Poder e mundo comum em Hannah Arendt: as condições de uma ação política livre e plural.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Gondim, Debora Dos Santos Gois
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=113684
Resumo: Esta pesquisa tem como tema central a questão do poder como condição da organização política no pensamento da filósofa Hannah Arendt, especificamente com o conceito de poder relacionado diretamente à pluralidade humana que vincula-se à manutenção constante da ação política livre no espaço público. O texto apresenta interpretações e reflexões que, junto à autora, apresenta a distinção entre poder e violência, destacando a ausência do poder e suas consequências graves para toda a diversidade de fatores que implicam na existência da vida humana. Como objeto de pesquisa evidencia-se o poder como um fenômeno político ligado ao conceito de pluralidade humana, caracterizada pelo duplo aspecto da igualdade e distinção que pela ação afirma a singularidade única de cada ser humano que só é possível de ser experienciada no movimento de aparecer e ser visto no âmbito do mundo. A partir disso, surge o problema abordado nesta pesquisa que sobressai durante todo o texto: A ausência do poder e o esfacelamento da política e suas consequências na formação e manutenção do mundo comum. Essa pesquisa se justifica na medida em que se busca pensar a política atual e a desintegração do mundo, assim como sua alienação. Defendemos que a contribuição teórica de Hannah Arendt é de suma relevância para compreender e refletir a crise moderna em que a política se encontra. Por fim, o estudo aponta o trabalho e sua socialização como moderna atividade emancipatória, adquirindo a face mais real do ser humano, tal qual a alienação do mundo e a perda do amor mundi, como diagnósticos preocupantes de uma descaracterização humana, que entrelaçados ao consumo, onde a esperança, inclusive da existência de Terra para criação de mundos, passa a ser uma ameaça. Nesse sentido, confirma-se a urgência da reformulação da política, onde o compartilhamento das perspectivas de mundo apareça com o intuito de reconciliação com a Terra e com a humanidade, para a existência de um amor mundi.