INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA E RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA NO DESENVOLVIMENTO DE ISOLADOS DE Trichoderma spp.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: OLIVEIRA, LAÍS LACERDA BRASIL DE
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=85463
Resumo: As mudanças climáticas globais representam uma ameaça para a humanidade e muitos efeitos diretos e indiretos já vêm sendo sentidos. A agricultura é um setor vulnerável a essas mudanças. Ao longo dos anos, fortaleceram-se as evidências científicas de que a atividade humana alterou de maneira significativa parâmetros importantes como temperatura, radiação solar e concentração de gases do efeito estufa. Desta forma, pesquisas envolvendo a seleção de microrganismos que favorecem o crescimento de plantas e o controle biológico de patógenos são de grande relevância, bem como de métodos de cultivo e aplicação. Portanto, o objetivo do estudo foi avaliar a influência da temperatura e radiação ultravioleta (UV) no desenvolvimento in vitro de três isolados de Trichoderma spp. Os experimentos foram conduzidos no Laboratório de Patologia Pós-Colheita, da Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza - CE). Para avaliar a influência da temperatura no crescimento micelial, culturas puras com 7 dias de crescimento foram repicadas para placas de Petri, contendo o meio de cultura BDA (Batata Dextrose Ágar). As placas foram incubadas nas temperaturas de 30, 35 e 40°C, com fotoperíodo alternado. As medições foram conduzidas diariamente. Para os testes de germinação a fim de avaliar a influência da temperatura e radiação ultravioleta, uma suspensão de conídios (1x105 conídio mL-1) foi plaqueada e incubada nas três temperaturas. Para a avaliação da influência da UV as placas foram expostas à luz em intervalos de 0, 2, 4, 6 e 8 minutos, em duplicata. As lâminas foram analisadas após 24h de incubação sob microscópio de luz (40x) e a cada 100 conídios contabilizados, foram registrados os que germinaram. O isolado mais sensível à temperatura foi T. asperellum – SF 04, na qual, a temperatura de 35°C apresentou menor área de crescimento micelial, menor esporulação e menor germinação relativa (38,4%). O isolado T. harzianum – ESALQ 1306 apresentou a menor porcentagem de conídios germinados a 30°C (63%), porém, teve o maior número a 35°C (100%). A radiação UV diminuiu a germinação dos conídios, conforme aumentava-se o intervalo de exposição e aquele que apresentou maior germinação relativa ao final do período de exposição foi T. asperellum (SF 04). Estes resultados podem demonstrar uma maior capacidade de adaptação do isolado T. harzianum – ESALQ 1306 às condições extremas de temperatura, visto que em campos de produção, as temperaturas do solo onde os microrganismos se estabelecem ultrapassam 30°C. Desta forma, são necessários ainda estudos in vivo para comprovação do comportamento dos isolados, a fim de adotar medidas que protejam o microrganismo e favoreçam seu crescimento.<br/>Palavras-chave: Mudanças climáticas. Sistema de produção. Promoção de crescimento. Controle biológico. Adaptação.