MEMORIALISTAS DO SERTÃO CENTRAL: MEMÓRIA, IDENTIDADE, CULTURA HISTORIOGRÁFICA E LEGITIMAÇÃO DO DISCURSO EM QUIXADÁ E QUIXERAMOBIM (1996-2002)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: BARBOSA, NATHAN PEREIRA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=87699
Resumo: Este trabalho tem o objetivo de refletir sobre a vida, obra e influência dos memorialistas cearenses João Eudes e Costa e Marum Simão. Nascidos em 1934, ambos se tornaram as maiores referências em História Local em suas respectivas cidades. O primeiro com seu livro “Quixeramobim, Recompondo a História”(1996), e o segundo com “Retalhos da História de Quixadᔠ(2002). Com escrita de forte tradição da escola metódica positivista, herdada do contato que os mesmos tiveram com o Instituto Histórico do Ceará, esses intelectuais procuraram fabricar, dentre outras coisas, um discurso identitário de perspectiva heróica e cristã-católica. Essas narrativas históricas também possuem a particularidade de servirem como instrumento de auto-afirmação, legitimação familiar e de construção de uma história local com bases ditas europeias, tendo como protagonista o herói branco virtuoso juntamente com as famílias “tradicionais”. As estratégias de divulgação, a proximidade e as alianças com as elites e lideranças políticas, fizeram com que esses escritores disseminassem suas obras de forma abrangente nos municípios de Quixadá e Quixeramobim. Desta forma, mediante essas evidências historiográficas e políticas, formulamos algumas questões: Quem são esses escritores? A partir de qual lugar social produziram seus discursos? Como se deu o processo de legitimação histórica desses memorialistas? Que tipo de história escreveram? Para quem escreveram? A partir de quais referências teórico-metodológicos? E ainda: como essa narrativa hegemônica se materializou em lugares de memória, museus, monumentos e manifestações culturais? Assim, tendo como perspectiva a História Cultural, visamos compreender melhor as inquietações aqui apresentadas.<br/>Palavras-chave: Memorialista. Lugar Social. Legitimação. Identidade.