REPERCUSSÕES DA NORMATIZAÇÃO DO USO DE ANTIBIÓTICOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO PERIOPERATÓRIO DE APENDICECTOMIA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: ROQUE, FÁTIMA MARIA CASTELO BRANCO
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=85365
Resumo: Apendicite aguda é a urgência cirúrgica mais frequente em crianças e adolescentes, mas seu diagnóstico continua um desafio nessa faixa etária, o que contribui, muitas vezes, para evolução da doença e aumento da taxa de morbimortalidade. Existem diversos trabalhos em relação a antibióticos para essa afecção, porém controversos. Este estudo teve como objetivo principal analisar as repercussões de uma normatização do uso de antibióticos, em crianças e adolescentes, no perioperatório de apendicectomia. Tratou-se de um estudo observacional, analítico, transversal e quantitativo, em um hospital de referência em Pediatria no Estado do Ceará. Utilizou-se prontuários de 198 pacientes operados por apendicite aguda, em três anos. Foi elaborado um banco de dados e realizada análise. A apendicite predominou de 10 a 18 anos e o sexo masculino foi mais frequente, corroborando com a literatura. Predomínio da apendicite complicada (ou perfurada), pelo difícil diagnóstico. Maior frequência de infecção da ferida cirúrgica, por maior chance na apendicite complicada. No histopatológico, apendicite em 95,5% dos casos, com cirurgias brancas abaixo da literatura. Aumento no uso do protocolo nos anos do estudo, sem diferença na ocorrência das infecções pós-operatórias em toda a amostra e sem alteração no tempo de internação da apendicite complicada, apesar do aumento do tempo de antibiótico nessa entidade. Porém, redução do tempo de antibiótico e de internação na não complicada. Maiores chances da complicação da apendicite e do tempo de internação maior que cinco dias na ocorrência de infecção pós-operatória, com mudança de expressão da primeira variável na multivariada. Em conclusão, adesão satisfatória ao protocolo, por parte do corpo clínico do hospital, com redução do tempo de antibiótico e de internação na apendicite não complicada, porém, aumento do tempo de antibiótico, sem interferência no tempo de internação, na complicada. O protocolo não reduziu complicações pós-operatórias infecciosas, com diferença insignificante nos três anos. São fatores de risco para infecção pós-operatória: complicação da apendicite e tempo de internamento maior que cinco dias. Associação entre complicação da apendicite e infecção pós-operatória tem redução em sua expressão, enquanto tempo de internamento maior que cinco dias mantém associação significativa com o desfecho.<br/>Palavras-chave: Apendicite. Apendicectomia. Antibacterianos. Criança. Adolescente.<br/><br/>