ABORDAGEM ECO-BIO-SOCIAL PARA O CONTROLE DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS PELO Aedes aegypti: UMA INTERVENÇÃO EM LARGA ESCALA NO BRASIL

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: VASCONCELOS, CYNTIA MONTEIRO
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=82347
Resumo: <div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">RESUMO</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Nos últimos anos, o Brasil tem enfrentado epidemias transmitidas pelo mesmo vetor, o Aedes aegypti. Somados às epidemias de dengue, os casos de Chikungunya (CHIKV), e a confirmação da infecção do vírus Zika (ZIKV) em mulheres grávidas e a associação com microcefalia e outras anomalias congênitas levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar Emergência de Saúde Pública de interesse Internacional. A presente pesquisa tem como objeto uma experiência de ampliação de abordagens eco-bio-sociais anteriores e foi implantada em larga escala em duas cidades do Brasil, Belo Horizonte e Goiânia. Objetiva-se com esse estudo analisar fatores facilitadores e limitantes para a viabilidade de uma intervenção em larga escala da abordagem eco-bio-social para o controle das doenças transmissíveis pelo Aedes aegypti no Brasil. Para tanto, optou-se por uma abordagem quanti-qualitativa de complementação entre aspectos metodológicos antropológicos e epidemiológicos. Em cada cidade foram selecionados locais com características semelhantes em áreas de intervenção ou controle. O impacto da intervenção na morbidade foi analisado comparando-se casos confirmados de dengue nos períodos de estudo nas diferentes áreas. A descrição do processo de implementação da abordagem e compreensão dos significados e sentidos atribuídos foram amparados na antropologia interpretativa. A análise do impacto dessas intervenções mostra que, em Goiânia, com o primeiro ano do estudo a incidência de dengue confirmada foi 1,88 vezes maior na área de controle do que na área de intervenção. No entanto, não houve sustentabilidade desse resultado. Em Belo Horizonte, a intervenção mostrou diferenças significativas na incidência confirmada de dengue somente após o segundo ano da pesquisa. A incidência de casos confirmados foi 40% mais elevada nas áreas de controle (13,95 por mil habitantes) do que as áreas de intervenção (9,99 por 1.000). Os significados e sentidos dos sujeitos envolvidos ecoam na reflexão de que o modelo tradicional culpabiliza a comunidade por não adesão às práticas saudáveis e estabelece uma precarização do trabalho do agente de endemias, de forma a conformar uma „distância&#8223; entre a comunidade e o setor de vigilância em saúde. Portanto, a abordagem eco-bio-social, nesse panorama, incorpora alternativas que favoreçam à construção de relações mais positivas entre os diferentes atores sociais envolvidos nesse processo. Mas para sua implantação, observam-se desafios que permeiam a seara das fragilidades político-administrativas, das precariedades no mundo do trabalhador do controle vetorial e dos determinantes macrossociais que dificultam as mudanças de hábitos e participação social.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Promoção da saúde. Saúde Pública. Aedes.</span></font></div>