História e desenvolvimento da liberdade objetiva em Hegel

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Bezerra, Éder Nogueira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=75140
Resumo: <div style="">Na modernidade filosófica a liberdade do sujeito surge como um problema dos mais importantes, uma vez, em muitos sistemas teóricos e práticos, a dignidade do homem é pensada a partir da especificidade do humano enquanto ser livre. A presente pesquisa tem por objeto compreender e expor o sistema hegeliano da liberdade que, articulando-se nesse contexto subjetivista, busca desenvolve-lo numa concepção mais rica onde o momento da objetividade do ser livre alcança especial relevância. Para isso será desenvolvida uma leitura atenta das passagens das obras de Hegel na qual essa questão é abordada, isto é, da Filosofia da História, Filosofia do Direito, Filosofia do Espírito e Ciência da Lógica. Buscar-se-á confrontar tal exposição com certa leitura que acusa o sistema e, mais especificamente, a Lógica de sucumbir a um necessitarismo que atentaria precisamente contra a conquista moderna da dignidade do subjetivo. Em suas linhas gerais a exposição consolidou-se nas seguintes divisões: A) ao primeiro capítulo coube a delimitação do campo de investigação através da sistematização das concepções hegelianas de Espírito, subjetividade, objetividade e História, e de suas relações sistemáticas. Ele desempenhou o papel de fornecer uma visão geral sobre o que deveria ser esclarecido, bem como, em certos momentos, antecipar algumas soluções que, para serem plenamente desenvolvidas, levaram a exposição aos momentos seguintes; B) posteriormente, ao segundo capítulo coube a articulação detida do conceito de liberdade em sua instância subjetiva, ou seja, como Conceito (no nível lógico) e como vontade (na esfera do real). Importante aqui foi o esclarecimento preciso das relações modais que a liberdade pressupôs em sua articulação, num desenvolvimento que resolveu as primeiras enquanto idealidades da segunda. Igualmente relevante foi a delimitação da liberdade subjetiva, a qual, como se constatou, quando não se reconhece como histórica, pode vir a torna-se num fundamentalismo destruidor; e C) por fim, o terceiro capítulo resolveu logicamente o processo de articulação entre liberdade e necessidade, subjetividade e objetividade até então em aberto. Conseguiu-se isso através do esclarecimento da concepção hegeliana de teleologia enquanto aquela determinação lógico-ontológica capaz de fundamentar a própria estrutura do Espírito em sua totalidade como Ideia historicamente efetiva. Diante de tudo isso se concluiu que filosofia hegeliana da História, longe de degradar a imagem moderna do homem como subjetividade autônoma, apenas a reposiciona em seus devidos limites. E faz isso por reconhecê-la como uma determinidade essencialmente histórica; importante, mas uma particularidade que só vem a ser totalmente livre se for devidamente mediada por suas dependências em relação à objetividade; mediação essa só compreensível por uma leitura da processualidade teleológica que permite o acesso completo à racionalidade imanente do mundo humano em sua essência histórica. Palavras-chave: Hegel. Lógica modal. Teleologia Interior. Ideia. Espírito.</div>