Expansão urbana e segregação espacial no sudeste do município de Fortaleza

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Fuck Júnior, Sérgio César de França
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=24869
Resumo: Através da (re)produção social do espaço urbano (mediação pelo trabalho), a sociedade se apropria da natureza, parcelando-a e atribuindo-lhe valor econômico. E este é um processo fundamental no acesso, uso e ocupação do solo, do qual dependem outros processos sociais e as respectivas formas e funções urbanas. A partir dessa premissa, a expansão urbana atual no Município de Fortaleza, especificamente no sudeste deste território ( o Distrito de Messejana, como entidade histórica), é o objeto-recorte-tema pesquisado. Esta área experimenta atualmente um processo de expansão intimamente vinculado ao mercado imobiliário, do qual é, dialeticamente, resultante, meio e condicionante, enquanto espaço geográfico. O presente trabalho relata e discute o processo de expansão espacial de Messejana-Fortaleza - resgatando-se alguns aspectos de sua formação histórica à atualidade -, comandada, em última instância, pelas classes dominantes, que representam a demanda solvável do mercado de imóveis e orientam o ordenamento do espaço. Sambem a própria ação do Estado, no tocante à (re)criação de infra-estrutura urbana adequada, habitação e legislação, propicia a valorização do solo, acarretando um padrão residencial de classes médias e alta em boa parte deste território, implicando novas formas e funções; "contraditoriamente", permite manterem-se ou (re)criarem-se áreas desvalorizadas neste mesmo território, não-privilegiadas pelo mercado imobiliário, gerando características específicas e ações distintas de seus habitantes. Discute-se, então, como se dá o acesso à moradia no Distrito de Messejana, e os modos de ocupação, uso e controle, cujas condições diferenciadas representam a segregação espacial, configurando-se assim enquanto (re)produção social do espaço urbano.