Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Costa, Carlos Rerisson Rocha da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=59911
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Resumo: |
Essa dissertação tem como objeto de estudo as comunidades de Redonda e Tremembé, ambas situadas no litoral leste cearense, no município de Icapuí. Este município litorâneo tem formação territorial ligada aos caminhos do gado e à pesca artesanal. No contexto da expansão da atividade turística no estado do Ceará, essas comunidades configuram-se como polos receptores de turismo, tornando-se, elas próprias, atrativos turísticos do município, fato associado à história de luta e organização comunitária das famílias de pescadores. Investigou-se como o turismo tem agido na produção e no consumo do espaço nas comunidades. O objetivo foi analisar a produção do espaço em Redonda e Tremembé, enfocando conflitos e resistências relacionadas à inserção da atividade turística. No processo de valorização dos espaços litorâneos, empreendimentos turísticos de diferentes padrões e portes foram instalados nas comunidades pesqueiras icapuienses. As atividades capitalistas, em especial o turismo, destinam diferentes lógicas de usos do litoral, indo de encontro às práticas tradicionais. Redonda e Tremembé vivenciam esse processo de formas distintas, em contraditória articulação entre as dinâmicas ditas globalizadas e as particularidades características do lugar. Redonda desenvolve experiência de turismo de base local, na medida em que parte de seus moradores tornaram-se empreendedores e buscaram o crescimento da comunidade tendo como base os interesses e as demandas do lugar, pensando e construindo propostas de turismo comunitário, embora dinâmicas hegemônicas venham sendo conflituosamente inseridas ali. Em Tremembé essa construção comunitária de modelos alternativos de turismo está restrita à experiência desenvolvida por uma Organização Não Governamental, experiência que representa tentativa de forjar um modelo de turismo comunitário naquele lugar, na medida em que a comunidade não é inserida na construção e no desenvolvimento da proposta, ficando Tremembé como espaço aberto às dinâmicas hegemônicas do turismo materializadas por empreendimentos de origem europeia. De ambas as formas, estas comunidades pesqueiras tem se inserido no mercado turístico, respondendo a normas externas e em parte produzindo-as, incidindo sobre a produção desses espaços que, no atual momento histórico, se colocam como lugares a serem consumidos, mas que mais que mercadorias, são lugares onde a vida se processa. Palavras-chave: Produção do Espaço; Turismo; Comunidades Pesqueiras; IcapuíCE. |