Contribuições da Psicologia à formação de professores da educação profissional e tecnológica: uma abordagem histórico-cultural da realidade cearense

• Ano de defesa: 2016
• Autor(a) principal: Nascimento, Natália Holanda Luz do
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
• Palavras-chave em Português: Educação; Formação de professor; Psicologia histórico-cultural
• Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=83027

<div style="">A perspectiva da dissertação é a de refletir sobre as contribuições da Psicologia para a formação de professores da escola profissional e tecnológica do Estado do Ceará. Inicia-se com um resgate histórico para validar a escolha pelo onto-método, estampando o distanciamento da abordagem gnosiológica e a proximidade com as ideias vigotskianas e marxistas. Parte-se então, para uma análise histórica-dialética sobre o ensino profissionalizante, contextualizando os objetivos, alcances e limites da formação de professor. Após isso, resgata-se as contribuições da Psicologia para o cenário educacional, mas se critica as práticas que coadunam com a reprodução da sociedade vigente pautada na divisão do trabalho propedêutico e profissionalizante. O estudo demonstra o distanciamento da Psicologia reflexológica e idealista e traduz a aproximação à Psicologia histórico-cultural, em destaque para ideias como a dimensão social da consciência, a determinação da educação pelo trabalho vigente e para o desejo de superação das formações tecnicistas por uma que comtemple a omnilateralidade. Volta-se, também, para a realidade concreta, a partir do questionário respondido por uma gestora de formação docente graduada em Psicologia. Constata-se que não há psicólogos na rede pública de ensino nas formações, além disso, que há a contratação de profissionais de várias graduações dentre eles psicólogos, submetidos à precarização de seus vínculos através de terceirização, além da normatização e a simplificação de suas atuações por assumirem a função de gestores de formação sem relação com sua formação inicial. Percebe-se que existe a necessidade premente de psicólogos no planejamento e na execução das formações, validando a importância dos complexos do trabalho e da linguagem para configurarmos processos subjetivos saudáveis através de espaços de escuta ao professor. O trabalho apoia Projeto de Lei (PL) 3688/2000 que prevê a presença de psicólogos na rede básica de ensino, assim como, incentiva a ampliação da teoria histórico-cultural ratificando a proximidade de Vigotski e Marx nos currículo de graduação em Psicologia e através de grupos de estudos que permitam aos futuros profissionais aproximar-se da realidade educacional brasileira. Enfim, tem-se um texto que muitas vezes apresenta um caráter reivindicatório pela presença de psicólogos na reflexão, planejamento e execuções de formações de professores emancipatórias.&nbsp;</div><div style="">Palavras-chave: Psicologia Histórico-Cultural. Educação. Formação de professor.</div>