cis-Jasmona: potencial farmacológico em Zebrafish (Danio rerio) e desenvolvimento de nanoemulsão oral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Bezerra, Francisca Magnólia Diógenes Holanda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=106926
Resumo: <div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">A cis-jasmona (CJ) presente nos óleos essenciais é um alvo promissor no combate a diversos tipos de doenças. Este trabalho teve como objetivo avaliar o potencial farmacológico da (CJ) em zebrafish (Danio rerio) adulto (ZFa) e o desenvolvimento de nanoemulsão oral. Inicialmente, os ZFa (n=6/grupo) foram pré-tratados (20 &#956;L; via oral) com CJ (0,1; 0,3 ou 1,0 mg/mL) ou veículo (Tween 80 a 0,5 %). Os animais foram submetidos aos testes de toxidade aguda, convulsão induzida por pentilenotetrazol, edema abdominal induzido por carragenina, nocicepção orofacial induzida por formalina, cinamaldeído, capsaicina, mentol, glutamato, salina ácida e nocicepção corneal induzida por salina hipertônica. Em seguida, foram avaliados os possíveis mecanismos de ação anticonvulsante, ansiolítico e antinociceptivo. Em relação ao mecanismo de ação antinociceptivo, tambem foi verificado o envolvimento das fibras aferentes centrais sensíveis à capsaicina e ao cinamaldeído, o efeito da CJ sobre a expressão gênica de trpa1 e trpv1, além do estudo de docking molecular entre CJ e os canais TRPV1, TRPA1 e GABAA. Em seguida, foi desenvolvida uma nanoemulsão contendo CJ, realizada a caracterização físico-química, validação, avaliação do seu efeito in vivo, toxidade aguda e citotoxidade. CJ apresentou potencial farmacológico em todos os modelos testados, não alterou o sistema locomotor e não foi tóxica. O efeito anticonvulsivante foi inibido pelo flumazemil (antagonista gabaérgico). O efeito ansiolítico foi inibido pelo flumazemil e pelo granisetron e pizotifeno (antagonistas serotoninérgicos). Além do efeito anti-inflamatório, também se verificou a atividade antinociceptiva orofacial em todos os modelos testados. O efeito antinociceptivo foi prevenido pelo HC-030031 (antagonista TRPA1) e capsazepina (antagonista TRPV1). A ablação química com capsaicina e cinamaldeído preveniu o efeito antinociceptivo orofacial da CJ. Os estudos de docking molecular indicam que a CJ interagiu com o TRPV1, TRPA1 e GABAA. CJ inibiu a expressão de trpa1 e trpv1. A nanoemulsão contendo CJ apresentou tamanho médio de 111nm, polidisperção de 0,137, potencial zeta -7,17(mV), estabilidade por 60 dias em temperatura ambiente, linealidade de R2 = 0,9994 e o doseamento com recuperações do ativo de 98 a 101%. A nanoemulsão contendo CJ não alterou o sistema locomotor e não foi citotóxica, apresentou efeito anticonvulsivante, ansiolítico, anti-inflamatório e antinociceptivo orofacial. CJ tem potencial farmacológico para o tratamento da convulsão, ansiedade, inflamação e da dor orofacial aguda e esse efeito é mantido após incorporação em nanoemulsão. Esses efeitos são obtidos por modulação dos sistemas gabaérgico e serotoninérgico, bem como dos canais TRPs, ASIC.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Nanoemulsão. Terpeno. cis-jasmona. Potencial farmacológico.</span></font></div>