Efeitos do óleo essencial de Ocimum basilicum L. e do (-) -linalol, na nocicepção orofacial e na excitabilidade do sistema nervoso de roedores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Venâncio, Antônio Medeiros
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=68315
Resumo: <span style="font-style: normal;">O objetivo deste trabalho foi estudar a ação antinociceptiva do Óleo Essencial (OE) obtido das folhas do </span><em>Ocimum basilicum </em>e do (-)-linalol no modelo de dor (nocicepção) orofacial e na excitabilidade periférica e central. O género <em>Ocimum</em> possui várias espécies com os mais variados usos: antinociceptivo, antiespasmódico, sedativo e como repelente de insetos na agricultura. O efeito antinociceptivo foi estudado usando três modelos de nocicepção orofacial induzida por: formalina, glutamato e capsaicina. Na excitabilidade nervosa periférica foi utilizado o nervo ciático e na central, fatias do hipocampo de rato. Tanto o OE como o (-)-linalol reduziram o tempo de fricção do focinho nos três modelos, de maneira dose-dependente. Para o OE na dose de 200 mg/kg, no teste com formalina, o tempo foi reduzido em 66,84% na 1ª fase. Na 2ª fase, nas doses de 100 e 200 mg/kg, a redução foi 62,21% e 98,05%, respectivamente. No teste com glutamato, nas doses de 100 e 200 mg/kg, houve redução no tempo de 63,93% e 95,70%. No teste com capsaicina, nas doses de 100 e 200 mg/kg, a redução foi 76,66% e 92,80%. Para o (-)-linalol, no teste da formalina, na 1ª fase as doses de 50, 100, 200 mg/kg reduziram o tempo de fricção do focinho em 53,58%, 68,63,% e 98,02% respectivamente. Na 2ª fase, as doses de 100 e 200 mg/kg, reduziram este tempo em 72,34% e 97,45 %. No teste com o glutamato, nas doses: 100 e 200 mg/kg, houve redução de 53,82% e 67,80%. No teste com a capsaicina, nas doses: 100 e 200 mg/kg, houve redução de 53,25% e 92,26%. A morfina (5 mg/kg) foi usada como droga antinociceptiva padrão. Nos estudos etetrofisiológicos, tanto OE como o (-)-linalol, nas concentrações 0,03; 0,1; 0,3; 0,5; 1,0 mg/mL bloquearam de forma concentração-dependente a amplitude do 1º e do 2º componentes do Potencial de Ação Composto (PAC) do nervo ciático (NC). O OE apresentou IC<sub>50</sub> de 0,2085 e 0,1755 mg/mL, para o os dois componentes do PAC, respectivamente. Já o (-)-linalol, apresentou IC<sub>50</sub> de 0,2798 e 0,1233 mg/mL. O OE bloqueou a velocidade de condução dos componentes do NC, a partir da concentração 0,3 mg/mL, enquanto que o (-)-linalol, a partir da concentração de 0,1 mg/mL. Nas fatias do hipocampo, o OE (0,5 mg/mL) e o (-)-linalol (0,5 mg/mL) inibiram os potenciais de campo na camada granular do giro denteado (GD) induzidos por estimulação anti e ortodrômica. Estas respostas foram inibidas também pela lidocaína (0,5 mg/mL) e pelo DNQX (2,5 mg/mL). Na resposta antidrômica, A IC<sub>50</sub> para o OE foi de 0,1 mg/mL. O (-)-linalol (0,5 mg/mL) inibiu ainda os potencias de campo na camada molecular do GD, efeito similar ao obtido pelo APV (50&nbsp;<span style="font-family: Calibri; font-size: 10pt;">&#956;</span>M) + DNQX (30&nbsp;<span style="font-family: Calibri; font-size: 10pt;">&#956;</span>M). O OE 0,5 mg/mL) e (-)-linalol (0,5 mg/mL) potencializaram a facilitação de pulso pareado no GD, induzida pela estimulação ortodrômica da via perfurante. Além disso, inibiram a indução da potenciação de longa duração (LTP) no estrato radiado da área CA1. Em conjunto nossos resultados indicaram que o OE e o (-)-linalol possuem propriedades antinociceptivas no modelo de dor orofacial, bloqueando os potenciais de ação dos nervos periféricos e os receptores glutamatérgicos de sinapses centrais. Palavras-chaves: <em>O. basilicum</em>; dor orofacial; antinocicepção; trigêmeo, hipocampo.