Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Catter, Karla Maria |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=71577
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Resumo: |
<span style="font-style: normal;">Nas ultimas décadas, o aumento populacional, com conseqüente incremento das atividades industriais, vem contribuindo para o agravamento dos problemas ambientais, principalmente no que diz respeito à preservação das águas superficiais e subterrâneas. Relatos de despejo de toneladas de resíduos em córregos, rios e mares são ainda bastante freqüentes em todo o mundo. Por outro lado, a escassez de água de boa qualidade que pode ser destinada ao consumo humano, e até mesmo o racionamento previsto para este milênio, tem encontrado na ferramenta de biorremediacão uma solução viável para o tratamento biológico de sítios contaminados, em especial pelos hidrocarbonetos. A biotecnologia tem sido bastante utilizada para acelerar o processo de biodegradação através da aplicação de microrganismos degradadores de hidrocarbonetos. Com isso, a remediação biológica tem se tornado uma das áreas mais desenvolvidas em recuperação ambiental, mitigando a concentração e a toxicidade de vários poluentes químicos, tais como, resíduos agroindustriais, petróleo, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs), solventes industriais. Esta pesquisa teve como objetivo avaliar o potencial de biodegradação de cepas autóctones dos manguezais do Estado do Ceará, baseando-se na habilidade dessas bactérias de suportar condições de estresse, por apresentarem propriedades degradativas e produzirem biossurfactantes. Foram identificadas 25 cepas provenientes de solo e água do mangue do Rio Cocó, em Sabiaguaba e do mangue do Riacho das Guaribas na cidade do Pecém. Para verificar o potencial dessas cepas em sintetizar biossurfactantes foram feitos os testes: qualitativo do colapso da gota, capacidade de formação e estabilidade de emulsão, tensão superficial, atividade hemolítica, teste colorimétrico. As cepas que apresentaram melhores resultados foram: </span><em>Acinetobacter baumannii</em>, <em>Burkholderia cepacia</em>, <em>Burkholderia gladioli</em> <em>Pseudomonas aeruginosa</em>, <em>Pseudomonas fluorescens</em>, <em>Pseudomonas putida</em> e <em>Staphylococcus</em> spp. A cepa <em>Pseudomonas aeruginosa</em> foi a que teve melhor desempenho tanto em baixar a tensão superficial de 69 para 28 mN/m como em formar emulsões estáveis (cerca de 80%) com 48 horas de ensaio utilizando compostos oleosos. As espécies <em>Pseudomonas aeruginosa</em>,<em> Pseudomonas fluorescens</em> e <em>Pseudomonas putida</em> apresentaram halos de hemólise <span style="font-family: Arial; text-align: justify; font-size: 10pt;">β</span>-hemolítica. A eficiência na degradação dos hidrocarbonetos policíclicos aromáticos pelos microrganismos selecionados foi analisada por cromatografia gasosa. <em>Staphylococcus</em> spp apresentou melhor resultado para benzo[g,h,i]antraceno (81,2%). As cepas com capacidade em produzir biossurfacatantes foram submetidas à técnica de cura de plasmídio, para caracterizar a origem genotípica. As cepas testadas permaneceram com a mesma capacidade degradativa após o tratamento de cura plasmidial, presumindo que este fenótipo seja de origem cromossômica ou de elementos genéticos estáveis. Os resultados obtidos demonstram a capacidade das cepas selecionadas em produzir compostos tensoativos e emulsificantes. Palavras-chave: Bioprospecção, biossurfactantes, biorremediacão, petróleo. |