Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
OLIVEIRA, KÁTIA CRISTINA CAVALCANTE DE |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Paraíba
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=100734
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Resumo: |
<div><span style="mso-spacerun:'yes';font-size:12pt;font-family:TimesNewRomanPSMT;color:rgb(0,0,0);">Defendemos a tese de que o Manual do Professor do Livro Didático de Português, entendido </span><span style="font-family: TimesNewRomanPSMT; font-size: 12pt;">como mecanismo de políticas linguísticas, tem colaborado, desde os anos 1970, com a </span><span style="font-family: TimesNewRomanPSMT; font-size: 12pt;">construção imaginária da unidade e da homogeneidade/padronização linguísticas (ORLANDI, </span><span style="font-family: TimesNewRomanPSMT; font-size: 12pt;">2013; SHOHAMY, 2006) do português no Brasil, como no caso da sintaxe pronominal, </span><span style="font-family: TimesNewRomanPSMT; font-size: 12pt;">disseminando ideologias que estão explícitas ou implícitas (SPOLSKY, 2004; SHOHAMY, </span><span style="font-family: TimesNewRomanPSMT; font-size: 12pt;">2006) a respeito da língua portuguesa e de suas variedades. Partimos, então, das seguintes </span><span style="font-family: TimesNewRomanPSMT; font-size: 12pt;">questões: quais ideologias linguísticas estão presentes nos MP/LDP? Como os MP/LDP </span><span style="font-size: 12pt; font-family: TimesNewRomanPSMT;">tratam a sintaxe pronominal em geral, e ocorrências próprias do português brasileiro (PB) </span><span style="font-family: TimesNewRomanPSMT; font-size: 12pt;">estudadas por especialistas, em específico, e qual a relação dessa abordagem com a ideologia </span><span style="font-family: TimesNewRomanPSMT; font-size: 12pt;">da padronização na língua? Nossos objetivos foram: geral desvelar o MP/LDP como </span><span style="font-family: TimesNewRomanPSMT; font-size: 12pt;">mecanismo de políticas linguísticas no processo de padronização da língua portuguesa </span><span style="font-family: TimesNewRomanPSMT; font-size: 12pt;">conforme a abordagem feita à sintaxe pronominal; e específicos investigar ideologias</span></div><div><span style="mso-spacerun:'yes';font-size:12pt;font-family:TimesNewRomanPSMT;color:rgb(0,0,0);">linguísticas dos autores na forma de abordar a língua portuguesa e seu ensino nos MP/LDP e </span><span style="font-family: TimesNewRomanPSMT; font-size: 12pt;">descrever a abordagem da sintaxe pronominal do português no MP/LDP e suas implicações </span><span style="font-family: TimesNewRomanPSMT; font-size: 12pt;">no processo de padronização da língua. Foram também necessários conceitos de uso, norma, </span><span style="font-family: TimesNewRomanPSMT; font-size: 12pt;">sistema, norma-padrão, norma culta, purismo linguístico, padronização e ensino de língua, </span><span style="font-family: TimesNewRomanPSMT; font-size: 12pt;">discutidos por autores como Coseriu (1980), Galves (1998), Spolsky (2004), Shohamy </span><span style="font-family: TimesNewRomanPSMT; font-size: 12pt;">(2006), Leite (s/d; 2006), Bagno (2004, 2009, 2012, 2019), Mattos e Silva (2000, 2012), </span><span style="font-family: TimesNewRomanPSMT; font-size: 12pt;">Faraco (2016), Faraco e Zilles (2017), Vieira (2018). Nossa pesquisa foi documental e o </span><span style="font-size: 12pt; font-family: TimesNewRomanPS-ItalicMT; font-style: italic;">corpus </span><span style="font-size: 12pt; font-family: TimesNewRomanPSMT;">se constituiu de 12 (doze) manuais do professor/livros didáticos de Português, sendo 6 </span><span style="font-size: 12pt; font-family: TimesNewRomanPSMT;">(seis) do 8</span><span style="font-size: 8.04pt; font-family: TimesNewRomanPSMT;">o </span><span style="font-size: 12pt; font-family: TimesNewRomanPSMT;">ano e 6 (seis) do 9</span><span style="font-size: 8.04pt; font-family: TimesNewRomanPSMT;">o </span><span style="font-size: 12pt; font-family: TimesNewRomanPSMT;">ano, publicados entre 1970 e 2012. Trabalhamos com duas </span><span style="font-family: TimesNewRomanPSMT; font-size: 12pt;">hipóteses, sendo que a primeira defendia que nos MP/LDP anteriores aos PCN, as ideologias </span><span style="font-family: TimesNewRomanPSMT; font-size: 12pt;">referentes à necessidade de padronização da língua portuguesa estão mais explícitas, visto que </span><span style="font-family: TimesNewRomanPSMT; font-size: 12pt;">ainda não havia nos documentos oficiais uma explicitação das teorias linguísticas que </span><span style="font-family: TimesNewRomanPSMT; font-size: 12pt;">passaram a reger os manuais posteriormente, o que leva, no material didático, a práticas com</span></div><div><span style="mso-spacerun:'yes';font-size:12pt;font-family:TimesNewRomanPSMT;color:rgb(0,0,0);">ideologias implícitas de padronização. </span><span style="mso-spacerun:'yes';font-size:12pt;font-family:TimesNewRomanPSMT;color:rgb(41,37,38);">Tal </span><span style="mso-spacerun:'yes';font-size:12pt;font-family:TimesNewRomanPSMT;color:rgb(0,0,0);">hipótese foi confirmada na medida em que os </span><span style="font-family: TimesNewRomanPSMT; font-size: 12pt;">primeiros manuais tinham a língua como expressão do pensamento e usavam termos </span><span style="font-family: TimesNewRomanPSMT; font-size: 12pt;">avaliativos (certo/errado) de modo constante, ao passo que a avaliação, nos mais recentes, </span><span style="font-family: TimesNewRomanPSMT; font-size: 12pt;">dava-se por meio de seleção de conteúdos e na forma de abordá-los. A segunda hipótese </span><span style="font-family: TimesNewRomanPSMT; font-size: 12pt;">defendia que o apagamento de ocorrências descritas por linguistas de variantes não </span><span style="font-family: TimesNewRomanPSMT; font-size: 12pt;">correspondentes ao padrão ensinado pela escola e próprias do PB, como nos casos do objeto </span><span style="font-family: TimesNewRomanPSMT; font-size: 12pt;">nulo e da posição dos clíticos no enunciado indicava a prevalência nos MP/LDP da </span><span style="font-family: TimesNewRomanPSMT; font-size: 12pt;">padronização do português. Esta hipótese também se confirmou, pois o objeto nulo não está </span><span style="font-family: TimesNewRomanPSMT; font-size: 12pt;">mais restrito à modalidade oral da língua e ainda que estivesse, poderia ser abordado, posto </span><span style="font-family: TimesNewRomanPSMT; font-size: 12pt;">que o LDP ocupa-se de tal modalidade e, consequentemente, deve atentar para a sua </span><span style="font-family: TimesNewRomanPSMT; font-size: 12pt;">gramática. A abordagem da colocação pronominal também indicou padronização por </span><span style="font-family: TimesNewRomanPSMT; font-size: 12pt;">privilegiar formas conservadoras em franco desuso no PB. E, no entanto, nenhum MP/LDP </span><span style="font-family: TimesNewRomanPSMT; font-size: 12pt;">trabalhava com a noção de objeto nulo, provavelmente pela força da tradição, refletida nos </span><span style="font-family: TimesNewRomanPSMT; font-size: 12pt;">conteúdos seguidos conforme a Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB).</span></div><div><span style="mso-spacerun:'yes';font-size:12pt;font-family:TimesNewRomanPSMT;color:rgb(0,0,0);">Palavras-chave: POLÍTICAS LINGUÍSTICAS. IDEOLOGIAS LINGUÍSTICAS. MANUAL </span><span style="font-family: TimesNewRomanPSMT; font-size: 12pt;">DO PROFESSOR. PADRONIZAÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA.</span></div> |