O caráter regressivo do capitalismo contemporâneo: crise de valorização do capital, guerra civil cosmopolita e expectativas em declínio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Queiroz, Pedro Henrique Magalhães
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=84475
Resumo: <div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">A presente Dissertação tem como pano de fundo um conceito de história marcado pelo niilismo e pela catástrofe, pelo refluxo das expectativas utópicas, reconhecendo uma base material análoga à pulsão, uma base material-pulsional de crise, e sua configuração subjetiva, político-militar e cultural, como sintoma e causa do olhar histórico; tudo isso naquilo que podemos chamar de tempo da emergência. “O que nos resta?”, é a pergunta que permanece e à qual nos é dado responder apenas obliquamente, como quem cata destroços tentando configurar, com eles, mosaicos no pensamento. Partimos, aqui, da contradição basilar da sociedade que encontra na mercadoria o sentido da produção material da existência e, assim, do conjunto de sua experiência: a contradição dialética entre o desenvolvimento das forças produtivas e as relações sociais de produção. Reconhecemos, a partir dela, o significado de suas crises e, assim, a origem do fenômeno da guerra moderna, ao mesmo tempo causa, pois sem sua força destrutiva tal modelo de sociedade não teria sido possível, e consequência, pois é também sintoma de sua manutenção pela força. Mediando a relação entre economia e guerra, nos deparamos com o sintoma subjetivo das expectativas em declínio, do fim da história experimentado como tempo do fim, com seu teor escatológico incluso. Crise econômica – de valorização do capital –, guerra – da santa à civil cosmopolita – e declínio das expectativas são, portanto, os objetos desta Dissertação, particularmente o significado de sua configuração na entrada do século XXI, tomando como principal paralelo histórico a primeira metade do século XX. É nesse ponto que entra o problema do caráter regressivo do capitalismo contemporâneo, tanto no sentido de uma crise da sua noção de progresso quanto do próprio significado desta crise, em que sua configuração mais moderna nos apresenta a sua verdade ao se assemelhar às suas condições mais arcaicas: a acumulação não passa de espoliação à maneira da assim chamada acumulação primitiva, na origem do mundo moderno, e agora com o predomínio do capital financeiro, do crédito, como mecanismo compensatório ao descarte do trabalho humano; a guerra torna-se caça high tech, com teor maniqueísta ao molde de guerra santa; e o futuro, enfim, uma espécie de nuvem cinza (smog) à frente da vista.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Crise de valorização do capital. Guerra civil cosmopolita. Expectativas em declínio. Regressão.</span></font></div>