Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Venâncio, Nadja Maria Felício |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=48080
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Resumo: |
<font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 10pt;">Este trabalho tem o propósito de apresentar a experiência vivida pela autora por meio da pesquisa </span></font><b style="font-family: Arial, Verdana; font-size: 10pt; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal;">O Estigma da Violência Sofrida por Mulheres na Relação com Parceiros Íntimos</b><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 10pt;">, cujo foco central é compreender quais os determinantes nesta relação abusiva / agressiva </span></font><font face="Arial, sans-serif"><span style="font-size: 10pt;">que concorrem para que elas tenham dificuldades em denunciar seus agressores. Para tanto, foram empregados o método fenomenológico crítico "mundano" e a observação participante, como técnicas do método etnográfico. A fim de promover a aproximação com as mulheres, realizaram-se oficinas com o tema </span></font><b style="font-family: Arial, "sans-serif"; font-size: 10pt; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal;">Violência Contra a Mulher</b><font face="Arial, sans-serif"><span style="font-size: 10pt;">, das quais emergiram oito sujeitos colaboradores. Os resultados mostraram que estas mulheres vivenciavam, na relação com seus parceiros, diversas modalidades de violência. Constatou-se ainda que carregam uma experiência estigmatizada e se percebem em situação de inferioridade e desvantagem em relação às outras. Desse modo, pela vergonha de serem vistas aos olhos do "mundo" como mulheres espancadas e maltratadas psicologicamente ocultam seus infortúnios, acarretando morosidade na efetivação de denúncias contra seus agressores. Outros fatores </span><span style="font-size: 13.3333px;">contribuem</span><span style="font-size: 10pt;"> para que permaneçam em relações </span><span style="font-size: 13.3333px;">conflituosas</span><span style="font-size: 10pt;"> e retardem as denúncias, tais como: falta de moradia própria, desemprego, </span><span style="font-size: 13.3333px;">desconhecimento</span><span style="font-size: 10pt;"> das redes de apoio </span><span style="font-size: 13.3333px;">institucional</span><span style="font-size: 10pt;">, falta de amparo da família e o afeto que ainda nutrem pelos parceiros. Também se observou que as </span><span style="font-size: 13.3333px;">mulheres</span><span style="font-size: 10pt;">, mesmo detendo parcelas de poder menores do que os homens, resistem e muitas vezes revidam com atos violentos em relação aos seus parceiros. Portanto, pôr em dúvida a lógica da vitimação é vislumbrar a possibilidade de reação das mulheres, mesmo que se encontrem, sob o ponto de vista do poder, muito aquém dos homens. Elas não consentem a </span><span style="font-size: 13.3333px;">violência</span><span style="font-size: 10pt;">, apenas cedem. Por último, foi abordada a </span><span style="font-size: 13.3333px;">percepção</span><span style="font-size: 10pt;"> das mulheres sobre a Lei Maria da Penha, como instrumento de cidadania feminina no sentido de detectar se, com o seu advento, aumentaram as denúncias. Palavras-chave: Estigma; </span><span style="font-size: 13.3333px;">Violência</span><span style="font-size: 10pt;"> </span><span style="font-size: 13.3333px;">contra</span><span style="font-size: 10pt;"> a Mulher; Gênero; Poder.</span></font> |