Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
SANTOS, CAMILA DUTRA DOS |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=86948
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Resumo: |
<div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">A difusão do agronegócio tem gerado profundos impactos sobre a reorganização do território brasileiro. As redes agroindustriais, com apoio deliberado do Estado, vêm se estabelecendo nos lugares e produzindo uma reestruturação produtiva condizente com seus interesses, o que atinge tanto a base técnica quanto a econômica e social do setor agrícola e promove a formação e/ou reestruturação de regiões que passam a encarnar especializações territoriais. O Oeste Baiano, situado no Nordeste brasileiro, se configura como um desses exemplos de região funcional ao agronegócio e contém, principalmente a partir da década de 1980, condições favoráveis à expansão dessa atividade, com investimento maciço de capital público e privado na tecnificação do território. Nesse sentido, o objetivo geral desta tese foi analisar a difusão do agronegócio no Oeste Baiano e compreender a reestruturação urbano-regional que advém desse processo. A metodologia utilizada considerou, basicamente, pesquisas bibliográfica e documental, análise sistemática das teorias e conceitos selecionados, construção de um banco de dados com informações primárias e secundárias, organização de uma hemeroteca sobre a região e trabalhos de campo. Constatou-se que o Oeste Baiano tem sua organização socioespacial atual pautada por redes agroindustriais que participam dos circuitos espaciais de produção e círculos de cooperação da produção moderna de grãos, principalmente da soja. Além disso, atuando hegemonicamente, tais redes agroindustriais vêm se apropriando das virtualidades próprias dessa região e criando outras, o que promove uma importante reestruturação urbano-regional. Observou-se que a região do Oeste Baiano demonstrou não obedecer a limites políticos-administrativos, pois está conformada por dinâmicas socioespaciais complementares e competitivas resultantes da combinação complexa de escalas e exerce uma influência que extrapola os limites da Bahia e abrange áreas do Tocantins, Piauí, Maranhão e de Goiás. Verificou-se também que os conteúdos urbanos e os papéis regionais das principais cidades do Oeste Baiano Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, principalmente para o caso dessa última resultam de uma crescente integração entre o agronegócio e os circuitos da economia urbana, transformando tais cidades em espaços funcionais às exigências produtivas do campo moderno. Notou-se ainda que, na região analisada, a difusão do agronegócio tem-se processado de forma</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">conservadora e excludente, traduzindo-se no reforço de históricas desigualdades socioespaciais, bem como na criação de novas, o que evidencia a insustentabilidade desse modelo hegemônico de produção e aponta para a urgência de um outro modelo, pautado na conservação do meio ambiente, na valorização das comunidades tradicionais e na equidade social.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Agronegócio. Redes Agroindustriais. Região. Reestruturação urbano-regional. Oeste Baiano.</span></font></div> |