Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Garcia, Maria Miriam Da Cunha Melo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=114210
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Resumo: |
A adesão ao tratamento de gestantes diagnosticadas com diabetes é aspecto relevante e necessário em virtude das possíveis repercussões desta doença na saúde materno-infantil. O objetivo do estudo foi analisar o processo de adesão ao tratamento multiprofissional de gestantes com diabetes diagnosticado durante a gravidez a partir de suas percepções e vivências gestacionais. Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa com utilização de entrevistas semiestruturadas, observação participante e diário reflexivo. As informantes do estudo foram dezoito gestantes diagnosticadas com diabetes mellitus durante a gestação, maiores de 20 anos, em qualquer trimestre gestacional e que realizam o acompanhamento pré-natal no ambulatório, da Maternidade Escola Assis Chateaubriand. A análise dos dados utilizou a Análise Temática Reflexiva, ancorada em conceitos e teorias apresentadas no referencial teórico e embasada na abordagem interpretativa da fenomenologia hermenêutica. Três temas principais foram desenvolvidos em relação à resiliência materna na gestação, experiência da doença e adesão ao tratamento. O percurso de análise ressalta a relevância e o impacto do enfraquecimento da autonomia em relação à saúde reprodutiva e a elevada prevalência de gestações não intencionais. A resiliência dessas mulheres emerge no empenho para ressignificar estas gestações e prosseguirem vivenciando a complexidade deste período. Adicionalmente, esta experiência se junta ao momento diagnóstico do diabetes durante a gestação e potencializa uma vivência embasada no medo de morrer, medo de perder o bebê, medo de complicações clínicas e medo do futuro. A partir daí, o processo comportamental da adesão ao tratamento apresenta-se multidimensional e dinâmico. Expande-se para além da responsabilização única do paciente e pode ser impraticável quando há uma preponderância dos elementos adversos das diversas dimensões da adesão no percurso da gestante durante o tratamento. Amparados na nossa realidade de estudo, manifesta-se o quão necessário é avançarmos para uma abordagem biopsicossocial destas pacientes, para que se promova uma adesão ao tratamento de abordagem comportamental eficaz, segura e que permita uma boa experiência materna e desfechos gestacionais favoráveis. |