Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Fontenele, Fernanda Maria Carvalho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=115500
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Resumo: |
A atenção à saúde materno-infantil é amplamente reconhecida como uma prioridade tanto a nível global quanto no contexto brasileiro, alinhada com as políticas de atenção preconizadas na Rede Cegonha. A presente pesquisa propõe que, apesar dessa relevância, o planejamento em saúde em nível municipal, quando realizado sob a perspectiva da racionalidade limitada, tende a negligenciar a atenção à saúde materno-infantil nos planos municipais de saúde. O objetivo geral do estudo é analisar o planejamento em saúde dos municípios quanto à priorização da atenção materno-infantil, na perspectiva da racionalidade limitada. Para isso, foi conduzida uma pesquisa explicativa, documental, de abordagem qualitativa, com a coleta de dados realizada em cinco municípios da Superintendência Regional de Saúde de Sobral, durante o período de agosto de 2022 a março de 2024, iniciando a coleta em julho de 2023. Os dados foram coletados por meio de formulários e as análises foram conduzidas com base em matrizes construídas para este fim. Importante ressaltar que esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos, vinculada ao Programa de Pesquisa para o SUS (PPSUS), sob o parecer nº 4.364.597. A avaliação dos instrumentos de planejamento revelou a despriorização da atenção materno-infantil, desde a fase de análise situacional, onde os problemas de saúde nessa área não foram devidamente identificados, até a formulação de Diretrizes, Objetivos, Metas e Indicadores (DOMI). A média geral de cumprimento das metas foi de aproximadamente 61%, classificada neste estudo como cumprimento parcial. Estes resultados corroboram a tese da despriorização da atenção à saúde materno-infantil nos PMS sob a perspectiva da racionalidade limitada. Além das limitações orçamentárias e de recursos humanos, diversos fatores contribuem para essa negligência, como a influência de grupos de interesse e a falta de articulação entre os diferentes setores envolvidos. Embora os Planos Municipais de Saúde (PMS) sejam obrigatórios, a análise mostrou que a priorização da atenção à saúde materno-infantil ainda é incipiente nos municípios, possivelmente influenciada pela racionalidade limitada dos gestores. |