Distribuição espacial da mortalidade infantil em Fortaleza-CE no triênio 2006-2008: análise com base nos sistemas de informações em saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Lima, Ana Patrícia Oliveira Moura
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=59899
Resumo: Introdução: O Coeficiente de Mortalidade Infantil em Fortaleza, apesar do declínio, tem distribuição desigual nos espaços que compõem as Secretarias Executivas Regionais (SER) quanto aos seus componentes neonatal, pós-neonatal e causas, o que apontam a necessidade de melhor compreensão desse acontecimento. O presente estudo tem por objetivo analisar a distribuição espacial da mortalidade infantil por Secretarias Executivas Regionais do Município de Fortaleza-CE, no triênio 2006-2008. Metodologia: Estudo transversal de base populacional, descritivo, baseado em dados coletados do SIM e SINASC da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza-CE. Foram registrados 116.128 nascidos vivos e 1.842 óbitos infantis em Fortaleza-CE, no período 2006-2008. Foram calculados os coeficientes de mortalidade infantil, neonatal, neonatal precoce, neonatal tardio, pós-neonatal e por causas principais de acordo com SER de Fortaleza, para o período 2006-2008 e para cada ano do período. Para estudo da distribuição espacial foram utilizados mapas temáticos por SER, construídos através do software ArcView 3.3, em seguida fez-se análise frequencial e média. Resultados: No triênio 2006-2008, o CMI em Fortaleza acompanhou a tendência nacional de queda, com variação de -12,8% na taxa, passando de 17,26 em 2006, para 15,05%<sub>0</sub> NV em 2008. Os óbitos em menores de um ano tiveram como principal contribuinte as mortes neonatais, as quais além de responderem por um elevado percentual (67%) dos óbitos infantis ainda reduzem lentamente, com variação de -9,8% no CMN, em comparação com as mortes pós-neonatais, cuja variação foi de -18,5% no CMPN. Houve redução do CMNP de 7,8% e do CMNT de 16,9%. A SER VI deteve as mais baixas taxas de mortalidade infantil de Fortaleza com registro em 2006 de 13,72%<sub>0</sub> NV e em 2008 de 12,42%<sub>0</sub> NV. O componente neonatal da mortalidade infantil teve menor média de registro na SER VI (6,64%<sub>0</sub> NV) e maior nas SER I (10,79%0 NV) e SER IV (10,45%<sub>0</sub> NV). A recordista das mortes neonatais precoces foi a SER II com um registro médio no CMNP de 8,24%<sub>0</sub> NV e aumento de 8,36%<sub>0</sub> NV em 2006 para 9,04%<sub>0</sub> NV em 2008. Na mortalidade pós-neonatal houve aumento na SER I e SER II e redução no restante das regionais. A principal causa da mortalidade infantil em Fortaleza foi por afecções perinatais (8,84%0 NV) sendo responsáveis por 55,8% dos óbitos em menores de um ano, seguidas pelas más-formações congênitas (18,46%), as doenças infecciosas e parasitárias (7,87%) e as doenças respiratórias (5,59%). Conclusão: Os resultados permitiram identificar SER onde a mortalidade infantil, seus componentes e causas são mais evidentes. Os registros encontrados atendem à meta anual de redução de 5% da mortalidade infantil, estabelecida no Plano Municipal de Saúde de Fortaleza 2006-2009, apenas no período (2006-2007). A estratificação dos componentes da mortalidade infantil por SER revelou a necessidade de intervenções mais eficazes em toda cadeia assistencial de vigilância epidemiológica. Palavras-chave: Mortalidade infantil, análise espacial, mortalidade neonatal.