Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Farias, Aline Leontina Gonçalves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=107915
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Resumo: |
<div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Esta pesquisa constitui uma retomada dos diálogos de duas experiências de autoconfrontação com professoras estagiárias de francês em uma nova fase, na qual fazemos uma apropriação diferida (FAÏTA, 2007a, p. 9), visando a uma análise específica do objeto produzido (VIEIRA; FAÏTA, 2003, p. 45) voltada para as implicações conceituais, metodológicas, epistemológicas (FAÏTA, 2007a, p. 9) dos processos dialógicos postos em funcionamento. De um modo geral, objetivamos compreender o funcionamento da atividade linguageira em autoconfrontação e o desenvolvimento a partir de uma análise dialógica, descritiva e interpretativa. Em segunda instância, buscamos refletir sobre as implicações da análise da atividade no quadro metodológico da autoconfrontação para a produção de conhecimentos sobre a atividade do professor de francês e de insumos para se repensar as práticas de formação. Para isso, compusemos nosso quadro teórico-metodológico com aportes pluridisciplinares: da psicologia do trabalho e da clínica da atividade (CLOT, 2006a, 2006b, 2008; CLOT; FAÏTA, 2000; CLOT et al., 2001), da psicologia (VIGOTSKI, 2008a, 2008b, 2014; LEONTIEV, 1978; FRIEDRICH, 2012; BROSSARD, 2012); da teoria da enunciação círculo-bakhtiniana (BAKHTIN, 2006b, 2006c, 2010; BAKHTIN/VOLOCHÍNOV, 2010; MEDVIÉDEV, 2012; VOLOCHÍNOV, 1976, 1981); da ergonomia da atividade docente (AMIGUES, 2002; 2003; 2004; 2009; FAÏTA, 2003; SAUJAT, 2002, 2004a, 2004b) e da abordagem do ensino como trabalho (MACHADO, 2004; TARDIF; LESSARD, 2008) em diálogo com ensinamentos da Didática das Línguas e do FLE (CICUREL, 2011; CUQ; GRUCA, 2002). Para a análise e interpretação do corpus discursivo, apoiamo-nos em discussões e noções apresentadas por François (1998, 2005), e nas hipóteses de trabalho e hipóteses interpretativas avançadas por Faïta (2004, 2007a, 2007b, 2011, 2012). Com base na teoria dialógica, tomamos o enunciado concreto como unidade de análise, assimilando-o à atividade linguageira; e, buscando contribuir para uma abordagem translinguística, levamos em conta a articulação de suas dimensões verbal e visual/gestual (BRAIT, 2013) com apoio em alguns estudos da gestualidade (COSNIER, 1982; MCNEILL, 1982; TELLIER, 2006). Como resultados, apresentamos um inventário dos meios enunciativos utilizados, de um modo geral, para reconstituir a atividade docente, mas manifestando diferentes funções em cada contexto enunciativo e servindo como instrumentos da e na ação; e um inventário de gestos participando da reconstituição das ações docentes e desempenhando funções semânticas, pragmáticas e entoacionais na atividade linguageira. Apontamos e discutimos, ainda, alguns fenômenos e eventos revelando as forças motoras do desenvolvimento no processo dialógico</span></font></div><div style=""><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">da autoconfrontação e permitindo levantar a hipótese sobre a tomada de consciência de si e da própria ação. Concernente às implicações para a formação, constatamos que a autoconfrontação favorece a produção de conhecimentos sobre a atividade real das professoras de francês, e o levantamento de dificuldades reais e de temas concretos que poderiam atualizar os tópicos didático-pedagógicos tratados na formação de professores de línguas. Finalmente, consideramos que os diferentes e criativos usos da linguagem propiciados pelas situações da autoconfrontação representam possibilidades de tomada de consciência e de transformação da compreensão das situações docentes e da própria ação.</span></div> |