VEREDAS DA CHAPADA DO ARARIPE: CONTEXTO ECOGEOGRÁFICO DE SUBESPAÇOS DE EXCEÇÃO NO SEMIÁRIDO DO ESTADO DO CEARÁ, BRASIL

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: GUERRA, MARIA DANIELY FREIRE
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=86508
Resumo: <div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">A estruturação das paisagens no semiárido brasileiro resguarda tessituras de cenários naturais pretéritos que estão encravados em formas de heranças paleoclimáticas e paleoecológicas e configuram-se como espaços e/ou subespaços de exceção à semiaridez. No Cariri cearense, as áreas que estão diretamente influenciadas pela Chapada do Araripe, sobretudo na sua porção oriental, abrigam uma diversidade de espaços e subespaços de exceção, configurados enquanto enclaves e/ou refúgios, dentre os quais destacam-se os ambientes de veredas. Nesse sentido, o objetivo desta tese é compreender como e por quais mecanismos se dá a ocorrência de ambientes de veredas refugiados na porção norte da Chapada do Araripe. Para tanto, assume-se o Quaternário como período-chave dentro do recorte temporal do Éon Fanerozóico, no qual se encontram os registros das últimas modificações ocorridas na epiderme da Terra, sobretudo nas épocas do Pleistoceno Superior e Holoceno. As hipóteses norteadoras indicam que o contexto de exceção da Chapada do Araripe possui, como principal determinante, as condições hidrogeológicas, fortemente influenciadas pela complexidade morfoestrutural; e que existem ambientes de veredas refugiados no sopé e na encosta da Chapada do Araripe que coexistem e coevoluem com o clima semiárido. Os levantamentos de campo e o suporte técnico, por meio de coletas e análises de solos, datações por LOE e coletas botânicas, confirmam as hipóteses expostas. A partir do cruzamento de informações e do suporte da literatura específica, foi possível concluir que, no contexto ecogeográfico, os mecanismos que permitem a ocorrência de ambientes de veredas nos sopés e encosta da Chapada, são favorecidos pela influência direta das áreas de exsudação. Essas áreas são formadas pelo extravasamento das águas do aquífero superior da Chapada do Araripe, que favorecem a formação de Gleissolos Melânicos, que são atuais, com idade máxima obtida no perfil analisado de 850 anos A.P., os quais dão suporte ao desenvolvimento da Mauritia flexuosa e originam as veredas, que coexistem e coevoluem, mesmo sob condições de clima semiárido.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Veredas. Chapada do Araripe. Semiárido. Espaços de exceção.</span></font></div>