Interações tritróficas entre Diatraea flavipennella (Lepidoptera: Crambidae), Saccharum officinarum (Poales: Poaceae) e Cotesia flavipes (Hymenoptera: Braconidae) e atividade antifúngica de compostos produzidos por Atta spp. (Hymenoptera: Formicidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Mesquita, Fernando Lucas Torres de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=66946
Resumo: Com o objetivo de estudar o comportamento reprodutivo de Diatraea flavipennella Box, 1931 (Lepidoptera: Crambidae) na ausência e na presença de três variedades diferentes de plantas de cana-de-açúcar, o comportamento de busca do parasitóide Cotesia flavipes (Hymenoptera: Braconidae) por plantas de cana-de-açúcar sadias e infestadas por lagartas de D. flavipennella, a resposta olfativa de fêmeas de C. flavipes aos extratos hexânicos de plantas de cana-de-açúcar sadias e infestadas e a atividade antifúngica de compostos produzidos pelas glândulas mandibulares e metapleurais de Atta spp. foram realizados bioensaios comportamentais, aerações e testes antimicrobianos sob condições de laboratório. Os resultados demonstraram que as variedades SP79-1011, RB92-579 e RB86-7515 não influenciaram no comportamento padrão de chamamento de fêmeas e côrte de machos (p>0,05). Além disto, o comportamento de oviposição realizado por fêmeas de D. flavipennella após copulação ocorreu sobre a lâmina foliar das plantas de cana-de-açúcar e a quantidade de ovos postados por variedade não apresentou diferença significativa (p>0,05). Por sua vez, fêmeas do parasitóide C. flavipes não mostraram preferência pelas diferentes variedades de plantas de cana-de-açúcar quando infestadas por lagartas de D. flavipennella, independente da origem do hospedeiro (lagartas de D. flavipennella ou lagartas de D. saccharalis) (p>0,05). Por comparação, plantas infestadas por lagartas de D. flavipennella foram mais atrativas ao parasitóide do que as plantas sadias (p<0,05). Os bioensaios em olfatômetro revelaram que os extratos hexânicos de plantas de canade-açúcar infestadas atraíram um número significativamente maior de C. flavipes em relação aos extratos de plantas sadias e controle (hexano) (p<0,01). Os testes antifúngicos demonstrararam que todos os compostos presentes nas secreções das glândulas mandibulares e metapleurais de Atta spp. apresentaram atividade inibitória para as diferentes cepas de C. albicans estudadas (p<0,05), com destaque para geraniol, β-citronelol e ácidos hexanóico e octanóico. Pelo exposto, conclui-se que as variedades de cana-de-açúcar estudadas não influenciaram no comportamento reprodutivo de D. favipennella; plantas de cana-de-açúcar infestadas liberam substâncias voláteis responsáveis pela atração e fêmeas do parasitóide e que as diferentes cepas resistentes de C. albicans são susceptíveis aos compostos testados. Palavras-chave: Saccharum officinarum, Diatraea flavipennella, Cotesia flavipes, Atta spp., Candida albicans, atividade antimicrobiana.