Bioprospecção, identificação e caracterização da macaúba (acrocomia aculeata) da Microrregião do Cariri cearense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Souza, Yoshihide Oliveira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=98228
Resumo: A Acrocomia aculeata, mais conhecida como macaúba, apresenta um grande potencial como fonte de óleo para as indústrias cosmética, alimentícia e de combustível. É a palmeira de maior dispersão no Brasil. A partir de seu fruto, duas partes principais podem ser exploradas: a polpa e a amêndoa. Visto que na microrregião do Cariri cearense a macaúba é subaproveitada por falta de conhecimento de suas propriedades, o presente estudo buscou analisar as propriedades físico-químicas da polpa e do óleo da amêndoa, bem como obter o perfil lipídico do óleo da amêndoa e da polpa da macaúba. Os frutos foram coletados da Região do Cariri cearense. O material foi preparado manualmente através da separação da casca, polpa e amêndoa. O óleo da amêndoa foi obtido por extração mecânica por prensagem, já o da polpa, utilizando solventes. A macaúba apresenta 20% de epicarpo, 40% de mesocarpo, 30% endocarpo e 7% de amêndoa. O rendimento do óleo da polpa foi de aproximadamente 50% para mesocarpo e 13% do fruto com casca. Já o do óleo da amêndoa foi de aproximadamente 60%. As análises físico-químicas do óleo da amêndoa resultaram em: acidez de 85,70% + 0,63 (ou 170,54 + 1,26 mg KOH/g); umidade de 0,53%; índice de peróxido de 6,95 mEq/Kg; impurezas insolúveis em éter de 4,53% + 0,28; lipídios de 94,95% + 0,24; cinzas de 0,06%; índice de saponificação de 201,43 + 0,70 mg; densidade de 0,45 g/cm³; e índice de refração de 1,462. As análises físico-químicas da polpa da macaúba resultaram em: umidade de 32,43% + 0,50; minerais de 1,86% + 0,08; fósforo de 0,21 mg/100 g; proteínas de 0,65% + 0,04; lipídios de 11,25% + 0,32; e carboidratos de 54,01% + 0,52. A amêndoa apresenta maior concentração de óleo do que a polpa, até pela dimensão e quantidade no fruto. Na análise do perfil lipídico, foram observadas composições bem distintas entre o óleo da amêndoa e da polpa. No óleo da amêndoa e da polpa, predominam os ácidos oleico e palmítico, só que em concentrações distintas: 74,51 vs. 4,28 g/100 g e 10,42 vs. 1,70 g/100 g, respectivamente. Conclui-se o perfil lipídico do óleo da amêndoa e da polpa da macaúba, com predominância dos ácidos graxos palmítico, oleico e linoleico, demonstra seu alto potencial para as indústrias farmacêutica e cosmética, principalmente em produtos de uso tópico. Palavras-chave: Macaúba. Oleaginosa. Cosmético. Alimentos. Biodiesel.