Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Escobar, Maria Gomes Fernandes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=84170
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Resumo: |
<div style="">O estudo analisa o uso de drogas, notadamente o crack estabelecendo relação entre as categorias gênero, pobreza e violência na busca de identificar as marcas deixadas pelo uso do crack nas vivências das mulheres entrevistadas. A análise parte do entendimento de que o uso de drogas é algo que faz parte da cultura humana e sua abordagem precisa ser realizada levando-se em conta fatores sociais e não somente biomédicos e morais. As interlocutoras da pesquisa foram cinco mulheres usuárias ou ex-usuárias de crack moradoras da Comunidade Jardim Fluminense em Fortaleza. As entrevistas ocorreram nas residências das mulheres, sendo posteriormente submetidas a análise de conteúdo, na modalidade análise temática de Minayo. Os resultados evidenciaram a forte demonização do crack sendo ele apontado como responsável por todas as dificuldades vivenciadas pelas mulheres. Os resultados apontam ainda que as mulheres vivenciam sentimentos ambíguos em relação à maternidade em um conflito entre o socialmente esperado, e suas escolhas de vida. Expressam também o sentimento de vergonha pelo uso do crack e nesse sentido, buscam efetivar o uso da droga em ambientes privados, resguardadas do olhar do outro. A análise das entrevistas permeada pelas observações construídas em diário de campo permitiu compreender que o uso do crack afeta de forma diferenciada a vivência das mulheres no sentido de que para elas, o meio social impõe um comportamento moral, um padrão de conduta a ser seguido e, ao fugirem desse padrão as mulheres aqui estudadas sofrem de forma ainda mais intensa o preconceito, o estigma e a vergonha por não conseguirem ser como o esperado socialmente. </div><div style="">Palavras-chave: Droga. Gênero. Pobreza. Violência</div> |