Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Taveira, Nayanna Shayra Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=117933
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Resumo: |
O aumento nos custos de produção de energia, a escassez de fonte de energias não renováveis e problemas ambientais como aquecimento global, efeito estufa e mudanças climáticas tem levado diversos países a investirem em fontes alternativas de energia. A biomassa é uma fonte de energia que possui grande potencial no Brasil, colaborando com uma grande parte da oferta total de energia. O coco verde é um fruto utilizado em larga escala no Brasil, tanto para consumo como nos processos industriais, e boa parte desse material é disposto a céu aberto em lixões, ocorrendo a proliferação de vetores de doenças, e a promoção de uma estética negativa ao turismo. Dessa forma, o uso da casca do coco como biomassa para a geração de energia e para a aplicação na agricultura propicia a redução da disposição incorreta do resíduo e contribui significativamente para o meio ambiente. O objetivo deste trabalho consiste em produzir hidrogênio e biocarvão a partir da casca do coco verde por meio do processo de pirólise e avaliar os impactos ambientais resultantes desse processo. A metodologia aplicada neste estudo envolveu a coleta e preparação de cascas de coco verde, secas e trituradas, para a produção de pelletes. Foram realizadas análises imediatas e elementares da biomassa in natura, pellets e biocarvões, seguindo as normas ASTM (American Society for Testing and Materials). A pirólise foi conduzida em unidade piloto, sob condições distintas de temperatura e tempo. Os impactos ambientais foram avaliados utilizando a Avaliação do Ciclo de Vida (ACV, com análise de incerteza pelo método de Monte Carlo. Também foram realizadas análises termogravimétricas (TGA), microscopia eletrônica de varredura (MEV) e cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (CG/EM), garantindo uma caracterização abrangente do processo e de seus produtos. Como resultado, averiguou-se que os pellets apresentam vantagens em termos de eficiência energética, com menor teor de umidade (9,12%), maior teor de carbono fixo (20,86%) e poder calorífico superior (4011,36 kcal/kg) em comparação com a biomassa in natura das cascas de coco. A pirólise lenta produziu biocarvão com maior teor de carbono (75,53%), poder calorífico superior (6646,96 kcal/kg) e menor teor de umidade, favorecendo o sequestro de carbono quando aplicado em solo agrícola. Já a pirólise rápida produziu mais gases não condensáveis (21,78% a 600°C) e bio-óleo com maior concentração de compostos alcoólicos (24,99%). O bio-óleo apresentou menor poder calorífico devido à presença de compostos oxigenados e a produção de hidrogênio aumentou com o aumento da temperatura de pirólise. Conclui-se, que embora existam desafios, o uso da casca do coco verde como insumo para a fabricação de hidrogênio e de biocarvão se mostra uma opção viável e sustentável, auxiliando tanto na diminuição de resíduos quanto na atenuação das alterações climáticas. |