Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Geanimar Lopes de Andrade |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=97268
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Resumo: |
<div>Os cuidados farmacêuticos tem em seu planejamento o objetivo de agregar a educação do paciente, aconselhar, revisar a terapia medicamentosa e monitorar os desfechos clínicos. A pesquisa objetivou avaliar adesão à terapêutica imunossupressora em pacientes transplantados cardíacos mediante os cuidados farmacêuticos. Tratou-se de um ensaio clínico randomizado, realizado em um hospital público do Estado do Ceará, que mensurou a adesão imunossupressora através do autorrelato, da Escala de BAASIS (Basel Assessment of Adherence Scale for Immunosuppressives) e da aferição dos níveis sanguíneos dos imunossupressores. Na análise estatística foram realizados testes de normalidade de Kolmogorov-Smirnov para as variáveis numéricas e para as variáveis categóricas o teste Qui-quadrado, para verificar a associação das variáveis o teste de Mantel-Haesnzel para análise estratificada. Foi considerado significativo o valor de p < 0,05. O estudo recrutou inicialmente 202 pacientes e depois de aplicados os critérios de elegibilidade, 101 pacientes foram randomizados. Concluíram o estudo 91 pacientes, 45 pacientes no Grupo Controle (GC) e 46 pacientes no Grupo Intervenção (GI). A idade média dos transplantados cardíacos do GC foi de 53 anos (desvio padrão, DP ± 12) e para o GI de 54 (DP ± 10) anos. A maioria dos participantes era do sexo masculino em ambos os grupos. A etiologia que mais conduziu pacientes para o transplante cardíaco nos dois grupos (GC e GI) foi a Miocardiopatia (MCP) isquêmica. Episódio de rejeição foi encontrado em participantes do GC n=15 (33,3%) e n=12 (26,1%) do GI. A aferição da adesão aos imunossupressores pela escala de BAASIS mostrou que, no início da pesquisa, n=23 (51,1%) dos pacientes do GC e n=24 (52,2%) do GI, não aderiam ao tratamento. Ao final da pesquisa observou-se que os pacientes do GI apresentaram maior aderência ao tratamento imunossupressor (89,1%) vs (68,1%), p=0,003. Na avaliação da adesão aos imunossupressores através dos níveis sanguíneos os valores obtidos no início da pesquisa indicavam que os grupos apresentavam diferenças; ao final da pesquisa, os grupos permaneceram diferentes e a análise estatística não permitiu inferência sobre o acompanhamento. Na identificação dos grupos de fatores que influenciaram a não adesão pelo o autorrelato, dois grupos mostraram significância, o fator associado ao paciente e o sistema de saúde, ambos com p=0,001. Ao verificar a associação entre a não adesão e as variáveis sociodemográficas e clínicas, houve significância para os pacientes que não viviam com os familiares (p=0,026) e para o tempo de transplante, que revelou que os pacientes com mais tempo de transplante são menos aderentes (p=0,001). Conclui-se que os pacientes do GI que receberam acompanhamento farmacêutico direcionado por intervenções e estratégias (Informativas, Comportamental e Social/ Familiar) apresentaram uma melhora significativa na adesão aos imunossupressores através do autorrelato, quando comparados aos pacientes do grupo controle (p=0,003). Portanto, os cuidados farmacêuticos direcionados por intervenções e estratégias foram capazes de otimizar a adesão à terapêutica imunossupressora em pacientes transplantados cardíacos. <br/></div><div><br/></div><div>Palavras-chave: Atenção farmacêutica. Adesão ao medicamento. Transplante<br/></div> |