Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Viana, Flávia Roldan |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=75318
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Resumo: |
Neste estudo procurou-se avaliar a presença das categorias da Teoria da Atividade: atividade, ações e operações, na prática docente no ensino de estruturas aditivas para alunos com surdez dos anos iniciais do Ensino Fundamental, a partir do processo de formação colaborativa. A surdez é um fator de risco para a aprendizagem matemática, mas não é causa direta. Como fator de risco é possível inferir que existem experiências ligadas à surdez que dificultam a aprendizagem matemática. Alunos surdos mostram lacunas em sua aprendizagem informal e apresentam dificuldades em questões temporais. A pesquisa envolveu uma pesquisadora do Mestrado acadêmico em Educação da UECE e uma professora de alunos com surdez do 5º ano de uma escola especial. A coleta de dados foi realizada por intermédio de observações de episódios de ensino de estruturas aditivas e das narrativas entre as envolvidas na pesquisa no momento do processo formativo, com o objetivo de desvelar a prática docente à luz da Teoria da Atividade de Leontiev. Optou-se, assim, pela realização de uma pesquisa colaborativa, em função da finalidade de aproximar duas dimensões da pesquisa em educação, a produção de saberes e a formação continuada de docentes. A opção se deu pelo fato de compreender que professores e pesquisadores são sujeitos capazes de construir seu próprio conhecimento sobre o processo de ensino e aprendizagem em uma dimensão crítica e reflexiva. Essa construção se fez de forma coletiva, contextualizada social e historicamente, com vistas à transformação de suas ações com base nas discussões acerca da Teoria da Atividade, preconizada por Leontiev. Os resultados foram apresentados por meio de três momentos colaborativos: a cosituação, onde buscamos caracterizar a prática docente da professora de Matemática de alunos com surdez; e a co-operação/co-situação que procurou identificar, a partir da formação da professora, a articulação, em sua prática, entre atividade, ações e operações no ensino das estruturas aditivas para alunos surdos e contribuir para o processo de formação da professora de Matemática e da pesquisadora a partir da Teoria de Atividade. Os resultados encontrados permitem-nos destacar aspectos importantes que possibilitam uma melhor compreensão acerca do processo do ensino de Matemática a alunos surdos, por ter nos possibilitado a percepção: de buscar (re) conhecer o aluno surdo como sujeito visual e de que o uso de recursos visuais e mnemônicos deve ser contextualizado ao ensino; da crença docente em relação ao conhecimento matemático de que não era necessário ser aprofundado e seu crescimento durante o processo formativo da necessidade do domínio desses conhecimentos para um ensino eficiente e significativo, por consequência, do reconhecimento, tanto da pesquisadora quanto da professora, de suas próprias limitações e possibilidades; e da apropriação de elementos constitutivos de um modo de organização do ensino. Os conceitos de atividade, ação e operação de Leontiev fornecem elementos para entender a atividade de ensino como uma unidade formadora ou desencadeadora da formação do professor. Logo, a busca da organização do ensino, baseada na Teoria da Atividade, reflete na busca de um ensino e uma aprendizagem efetiva, a partir da atividade do professor e do sujeito cognoscente. Diante destes resultados, considera-se que a atividade de ensino tem uma necessidade, um motivo, ensinar; tem ações, define os procedimentos de como mediar o conhecimento no espaço educativo; e têm operações, recursos metodológicos, instrumentos auxiliares de ensino, adequados a cada objetivo, a cada ação. O estudo apontou para a necessidade de uma mudança de postura docente frente ao ensino de Matemática para alunos surdos. Porém, importa considerar que as mudanças são gradativas, pois implicam em rupturas de concepções e práticas enraizadas ao longo do tempo e que não se dão de forma imediata. Para cumprir com essas mudanças é demandado esforço, tempo e estudo. Porém, é um caminho possível de ser trilhado e é nesse sentido que novas pesquisas devem surgir para contribuir com a compreensão e a melhoria do ensino de Matemática para esse alunado. <div>Palavras chave: Teoria da Atividade; Formação de professores; Ensino de Matemática; Surdez</div> |