Espertos ou malandros: como pequenos empresários e vendedores justificam práticas lesivas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Lôbo, Rodolfo Jakov Saraiva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=66015
Resumo: Esperto, Malandro e Trapaceiro. Essas palavras guiarão todo o escopo do trabalho, termos que estão presentes no senso comum da sociedade brasileira. O presente trabalho tem como por objetivo verificar se o pequeno empresário justifica práticas que em si e por si são delitos, chamando a quem as pratica de esperto, pouco malandro, malandro, muito malandro ou trapaceiro. Inicialmente foi desenvolvida uma revisão da literatura sobre os temas, analisando-se os aspectos éticos, morais e culturais inseridos na sociedade brasileira, bem como a dimensão malandragem, analisando ao longo do tempo como o malandro é percebido. Para analisar estes aspectos e atender os objetivos específicos propostos foram formatadas cinco hipóteses. A partir dessas abordagens e com base no trabalho de Pinheiro et. al. (2010) foi constituído o questionário com práticas lesivas, onde o respondente ia informar se este ato era de um esperto, de um pouco malandro, de um malandro, de um muito malandro ou de um trapaceiro. A amostra foi composta por 110 empresários e 111 vendedores, totalizando 221 respondentes. A análise dos resultados se deu por abordagens quantitativas, utilizando a técnica de análise fatorial para juntar as variáveis em fatores e a técnica análise de variância (ANOVA) para identificar diferenças significativas. De uma forma geral os objetivos do trabalho foram atendidos, onde houve a refutação das cinco hipóteses. Foi observado que a maior parte das respostas está concentrada na dimensão trapaceiro, nota-se que há diferença significativa em dois fatores diferença significativa em dois fatores (‗venda de um produto bom casado com um produto ruim e ‗empurrar um produto‘) quando observada a região do negócio, onde a RMC tende a reconhecer mais a trapaça que a RMF. Também há diferença em apenas um fator (Crimes fiscais contra o governo e trabalhador) quando observado a percepção de empresários e vendedores, onde é notado que o vendedor tende a reconhecer mais a trapaça que o empresário. Quanto às pessoas de nível superior possuirem diferenças significativas aos demais níveis de escolaridade, esta hipótese foi refutada. Ao final do trabalho, são feitas indicações de prováveis refinamentos em futuras pesquisas. Palavras-chave: Cultura nacional, cultura organizacional, esperto, malandro.