Prescrições e instrumentos na aula de civilização: análise da atividade docente de estágiarios de FLE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Lopes, Wescley Batista
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=105608
Resumo: <div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Esta pesquisa tem como objetivo principal analisar a atividade de professores estagiários de FLE nas aulas que tratam de assuntos de civilização, a partir das prescrições e instrumentos intermediários utilizados. Para isso, realizamos um estudo no Núcleo de Línguas Estrangeiras (NLE) da Universidade Estadual do Ceará (UECE), que contou com a participação de dois professores estagiários de FLE (protagonistas da pesquisa), três professores estagiários e a co-ordenadora pedagógica do curso de FLE do NLE (coletivo de trabalho). Com o fito de instaurar um processo dialógico entre os sujeitos da pesquisa e a atividade professoral, servimo-nos de um quadro metodológico de análise de situações do trabalho, denominado autoconfrontação, em suas fases: simples, cruzada e retorno ao coletivo. Os procedimentos e os instrumentos uti-lizados para a geração de dados foram: um questionário inicial, que investigou a formação dos protagonistas, suas práticas docentes e suas maiores dificuldades ao trabalharem aspectos civi-lizacionais nas aulas de FLE; a observação de uma aula de cada protagonista; a filmagem de uma aula de cada protagonista; a filmagem das ACS; a filmagem da ACC; a filmagem do RC e, por fim, um questionário final que investigou a impressão dos protagonistas sobre o processo da AC. Tomamos como corpus de análise as respostas apresentadas nos questionários (inicial e final) e a transcrição dos diálogos, sequências mais significativas da ACC, do RC e, eventu-almente, da ACS. Adotamos um referencial teórico-metodológico com aportes pluridisciplina-res. Evocamos os pressupostos da Ergonomia da Atividade e da Clínica da Atividade (CLOT, 2006, 2007, 2008; CLOT; FAÏTA, 2000; AMIGUES, 2003, 2004, 2009; SOUZA-E-SILVA, 2004; FAÏTA; SUJAT, 2010; YVON; SAUSSEZ, 2010); da Autoconfrontação (VIEIRA; FAÏTA, 2003; CLOT et al, 2000); da filosofia bakhtiniana da linguagem (BAKHTIN, 2011; BAKHTIN/ VOLOCHINOV, 2014; BRAIT, 2005; BRAIT; MELO, 2016; FARACO, 2009, 2016; FIORIN, 2006; PONZIO, 2012; MACHADO 2005); da psicologia vigotskiana e dos con-ceitos de instrumentos, gênese instrumental (VIGOTSKI, 1930/1985; OLIVEIRA, 1993; FRIE-DRICH, 2012; BROSSARD, 2012; RABARDEL,1995, 2005, 2009; MACHADO; LOU-SADA, 2010); da prática docente em LE e da didática de línguas (PUREN, 1988; MULIK, 2012; LEFFA 2012; SOUZA, 2009; HUBERMAN, 1992; GABARDO; HOBOLD, 2011; FÉ-LIX; SAUJAT, 2007; FAÏTA, 2004; SAUJAT, 2002, 2004a, 2004b; SANTOS, 2004; CUQ, 2003; CUQ; GRUCA, 2002; LARAIA, 2006; FRIAS, 1991; OLIVEIRA, 2012; MIQUEL; SANS, 1992). A partir da triangulação dos dados gerados neste estudo, contatamos que mesmo os dois protagonistas não possuindo uma vivência in loco em países de língua francesa e não dispondo de uma formação acadêmica que, aparentemente, os tenha instruído sobre como</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">trabalhar conteúdos civilizacionais no ensino de FLE, esse tema é trabalhado em suas aulas, a partir do auxílio de instrumentos intermediários (físicos e simbólicos) que os ajudam a superar a insuficiência transitória em lidar com questões mais complexas que se apresentam no métier (FAÏTA, 2004), característica do gênero iniciante (SAUJAT, 2004b). Além disso, atestamos que a autoconfrontação constitui um quadro metodológico fundamental para a análise da ativi-dade de professores estagiários, trazendo à tona os problemas enfrentados e as soluções encon-tradas por esses jovens professores, ao trabalharem com aspectos civilizacionais no ensino de FLE.</span></font></div>