Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Souza, Socrates Alves Honorio De |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=106676
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Resumo: |
A presente pesquisa tem como objetivo geral caracterizar e analisar a área queimada na região do Cariri, no estado do Ceará, no decorrer do período de 2002 a 2020, através de focos de calor e de cicatrizes de incêndios florestais e/ou queimadas registradas em imagens de satélite. Para as análises foram empregados os dados do BDQueimadas/INPE e do projeto MapBiomas, a plataforma para consulta, análise e processamento de dados geoespaciais denominada Google Earth Engine (GEE) e o software QGIS, utilizado para editar os dados, processar as informações e elaborar os mapas temáticos. Os resultados mostram um total de 7.978 focos de calor registrados na Área Integrada de Segurança 19 (AIS 19) no período, representando 7,5% do total do Ceará. O ano de 2003 teve o maior volume de focos (712) e 2014 o menor (189). No comparativo mensal, novembro desponta com 2.692 focos de calor e média de 6,43 mm de precipitação. Distribuindo focos de calor por município e classificando por um fator de proporção baseado no tamanho do território, aponta Missão Velha, Santana do Cariri, Abaiara, Mauriti e Araripe como os municípios com maior número relativo de ocorrências. Com relação as cicatrizes de fogo a AIS 19 registrou 26.953 polígonos entre 2002 e 2020, totalizando 1.773,52 km² de área queimada (21,89% do total registrado no Ceará). O ano de 2004 apresentou 3.195 cicatrizes e 222,51 km² de área queimada, sendo o de maior registro. Os 25 municípios da AIS 19 tiveram registros de cicatrizes no período analisado, destacando Araripe, Barro, Aurora, Missão Velha e Assaré com maiores números. A Floresta Nacional do Araripe, inserida na AIS 19, teve 19 cicatrizes (2,73 km²) na série temporal. No geral, a área mais queimada foi aquela com formação savânica (Caatinga) com 1.321,75 km² de área queimada, seguida de formação florestal (154,04 km²), agricultura (133,26 km²) e pastagem (132,43 km²). O Bioma Caatinga apresentava 8.504,35 km² de extensão em 2002 e terminou 2020 com 8.477,48 km², o que representa uma perda de 26,87 km², tendo como média geral anual 8.650,68 km² de área. Por fim, a formação savânica também foi a que mais queimou nos municípios, com destaque para Barro, Aurora, Araripe e Caririaçu. Na subclasse formação florestal destaca-se Santana do Cariri, Araripe, Missão Velha, Barbalha, Crato e Caririaçu. Esses resultados, juntamente com os registros nas demais subclasses de uso e ocupação do solo poderão servir de subsídio para a elaboração de planos de contingência dos municípios da AIS 19. |